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Alma Viva

Ricardo Cavalcante Motta
Publicado em 12/05/2022 às 20:00Atualizado em 18/12/2022 às 22:42
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Viver é um compasso de perdas. A cada segundo que se esvai, perdemos um pouco da vida. Daí tão valoroso o minucioso viver. Tão relevante cada segundo vivido. Entre perdas e perdas vamos aprendendo a ganhar conteúdo, experiência, maturidade, até doçura, afinal já nascemos sabendo que um dia perderemos a própria vida. Muitas vezes, essas perdas são por demais dolorosas. Surgem as lágrimas. As lágrimas são como a hemorragia da alma, como o sangue é do corpo. Incolores, mas não indolores, trazem em si o que escorre da dor e do lamento, externando o pranto da alma ferida por alguma causa, especialmente pela morte. A alma é a única que jamais morrerá. Perde-se um amigo da convivência terrena, mas não o perderá da convivência eterna, porque a amizade não é presa a um corpo que em algum momento se separa da nossa convivência. Recorre vir a tristeza pela perda de amigos, de amados. Dor que faz escorrer lágrimas da alma pela passagem. Lágrimas que fluem dos olhos, do coração, originadas do sentimento profundo do âmago do ser. Na harmonia de corpo e alma, no prazer do viver, sela-se a amizade, o afeto que, se verdadeiro, não se perde jamais. Mantem-se assim para sempre a ALMA VIVA. Não por acaso nome de um delicioso vinho, sugestivo do brinde eterno pela ligação perene, mesmo depois da passagem de um estimado. Nas reflexões da saudade, conclui-se que amigo nunca morre. O amor, a amizade são sentimentos eternos.

Ricardo Cavalcante Motta

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