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Amigo nunca morre

Ricardo Cavalcante Motta
Publicado em 10/03/2021 às 20:31Atualizado em 18/12/2022 às 12:42
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Soltaram descomprometida frase que dizia: “Eu tinha um amigo que morreu!”. Um amigo que já morreu! Certamente que quem disse estava apenas referindo-se a fato ocorrido, não devia estar abordando essencialmente a amizade. Afinal, pode ser até que alguma amizade deixe ser, porque realmente não era, mas persistindo, mesmo que o amigo tenha partido, nunca morre. Como não se devota amizade ao nada, o amigo não se extingue pela morte. Mesmo sem corpo, permanece. Se era de fato amigo, certamente não morreu. Amigo nunca morre, ausenta-se. Pode deixar a vida usual, pode estar onde estiver, mas finar mesmo não fina. Sempre persiste, sobrevive na lembrança, na consideração. Perdura e sempre será. Pode estar lá, já do outro lado, pode ter saído primeiro, mas vibra no coração do amigo que fica. Treme, trepida, pelo pulsar do amigo de sempre. Embora para explicar, eventualmente, tenha que se dizer do amigo que foi a óbito, a amizade não falece e um coração bate pelo outro, com o outro. Portanto, entenda-se que amigo parte, mas amigo nunca morre. Enfim, um dia, pela comunhão do Senhor, se constatará que isto é a pura verdade. Amigo genuíno nunca morre.

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