Dizem que os Vampiros não se refletem no espelho. Assim como existem anjos entre nós, há também os vampiros. Sorte é que são muito mais anjos anônimos que vampiros. Mas não se iludam, os vampiros, embora em número inferior, ainda são muitos. São aqueles que essencialmente não se refletem no espelho, porque negam reconhecer em si essa condição.
Mas nos tempos atuais, os vampiros, que gostam de sugar mais que o sangue alheio, estão a se multiplicar, infelizmente. Eles se renegam porque, apesar de terem o narcisismo inconfessável de gostar de si, maus e parasitas, e terem o oculto prazer de assim ser, recusam a própria imagem real que retrata a sórdida essência ruim que querem esconder.
Em verdade, há várias pessoas que agem como vampiros, visando, sem piedade ou remorso, explorar do próximo, ignorando o esforço ou o sentimento alheio. A exploração não é somente da ordem material, é também moral, disfarçada em carência sentimental, abalando o equilíbrio emocional e levando ao desarranjo psicológico.
Nesse caso querem abstrair do outro uma dedicação plena, constante e não correspondida, sempre se vitimando como renegados. Sugam demais, ocorre até exploração casual, se houver oportunidade. Contudo, esses vampiros, que ao se esconderem atuam pelas sombras, encerram-se vivos na solidão, daquela do caixão que se confinam. Afinal, seu contentamento é ilusório, pelo egoísmo e pelo mal que certamente causam aos que exploram.
Portanto, analise os próximos, avalie em seu entorno e livre-se dos vampiros que rodeiam sob o disfarce de Conde Nobre, sejam parentes ou amigos. O demônio não mostra a própria cara. Então, que possa cravar a luz divina do bem no miolo de seu coração para a própria libertação, para aliviar a alma e também por defesa pessoal nessa perigosa vida cotidiana. Eles não gostam que seja feliz.
