Já reparou como as pessoas gostam de postar tudo que fazem, pensam ou sentem nas redes sociais? Na time line do Facebook, quem mal conseguíamos saber onde estudou, trabalhou ou sequer a foto de perfil, de repente aparece registrando todas as coisas que faz ou pretende fazer. Bastou um celular mais sofisticado para esse cenário mudar.
Desinibição. As pessoas simplesmente mergulharam de corpo, alma e espírito nessa era CONECTADOS a todo custo. Nesses três pontos. Postam fotos de si mesmas sozinhas, com amigos, cachorros, papagaios. Expressam seus sentimentos, queixas, desabafos, namoram e separam no mesmo dia. E gostam de falar daquilo que acreditam ser o caminho para uma vida de paz e serenidade.
Veja bem, não estamos sendo críticos, mas percebendo como alojamos nossas liberdades e carências. E basta comprar um celular com 3G, 4G, Wi-fi, pronto, estamos expostos ao mundo de todas as formas. Os celulares devem vir com algum aplicativo oculto que, quando o ligamos, precisamos postar algo no Twitter, que cai no Facebook, que postamos foto no “Insta”.
Nossa vida na rede social se torna movimentada, mas nossas companhias reais, daquelas do tipo que nos permitem ouvir gargalhadas, choros, queixas, alegrias, estão cada vez mais escassas. Tudo bem, podemos pensar que gravar um áudio ou um vídeo proporcione ouvir tudo isso via celular.
Incrível como a Internet “facilita” tudo.
(*) Jornalista