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O deusembargador!!!

Leuces Teixeira
Publicado em 24/07/2020 às 07:24Atualizado em 18/12/2022 às 08:09
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Caro amigo leitor, estive ausente por alguns meses, mas estou aqui, firme e forte, para alegria de muitos e tristeza de uns poucos. Pela graça do Criador, ainda consigo tomar banho sozinho. Isto é um bom sinal, como dizia um grande amigo que não mais está entre nós.

Confesso que ando triste com as atitudes do Presidente Bolsonaro, votei nele e votaria novamente, pois nos PeTralha$$$ nunca mais. Nosso Presidente é muito impulsivo e incisivo na defesa de sua prole, um defeito grave para quem está no topo do Poder Executivo.

Digo mais, com muita angústia e ansiedade: não temos uma imprensa totalmente livre para dizer e escrever o que pensamos. Por esta razão me recolhi, fiquei quieto, como um pássaro no período da muda, ou seja, um período sabático.

Neste período de ausência escrevi sobre várias coisas, temas diferenciados, mas fui aconselhado por um grande amigo-irmão a não publicar; daí achei melhor ouvir o conselho dado. Estou ficando velho, a combatividade vai amainando. Vou mencionar apenas alguns dizeres dos artigos não publicados. O leitor tira sua conclusão, vamos lá: a) em tempos de pandemia, a geladeira, o armário e os salários dos políticos, juízes, promotores e alguns servidore$$ estarão rigorosamente em dia; b) quer ser prefeito da cidade? Entre num partido, se é que vai ser aceito, dispute a convenção, candidate e ganhe a eleição, daí vá se sentar na cadeira do prefeito; c) a bancada ou banco dos evangélicos$$$?? Vou parar por aqui, mencionando esses três casos. Com esses aqui, a pancadaria vai ser torrencial, haja biquinhos na city!

Ah, estava esquecendo do douto deusembargador na praia da cidade de Santos (SP), aquele belo exemplar, mais parecendo um DEUS Grego no Olimpo, uma figura ímpar, exemplar, um modelo de cidadão de bem e do bem, acima de tudo, inclusive da Lei.

Ainda bem que esse tipo de comportamento não é a regra, mas no campo dos privilégios, das mordomias, das regalias, as excelências do Judiciário, Ministério Público, Legislativo e alguns setores do Executivo não podem reclamar. Vivem em outro mundo bem diferente dos simples mortais, nós, os carregadores do piano – somos 36 milhões de contribuintes, carregando uma elite em torno de 2 milhões. Não sabem o que é pandemia e não ter dinheiro para comprar comida. Estou me referindo, especialmente, ao deusembargador que atacou e desacatou um Servidor no exercício de sua função em plena via pública. Saca do seu celular para falar com o superior do servidor no sentido de intimidar. Não bastou, pega a multa lavrada, rasga e joga no chão, e saiu grunhindo.

Espero que a corregedoria do TJSP, bem como o Conselho Nacional de Justiça, não puna esse “cidadão” com rigor. Punição com rigor no Judiciário é aposentadoria compulsória, ganhando algo em torno de R$60.000 (sessenta mil reais) por mês. Sinceramente, não desejo punição com tamanho rigor ao senhor deusembargador! Ele não merece!!!

 

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