Para o Papai Noel

Querido Papai Noel...

Já passei, há algum tempo, da época de lhe pedir brinquedos. E acredito que a condição de muitos de meus leitores seja idêntica. Então, o que eu poderia pedir a você neste Natal?

Muito dinheiro, por exemplo? Mas já ouvi dizer que dinheiro não traz felicidade. Endinheirado também tem problemas, incluindo o medo de perder a dinheirama. Fora o risco de ser sequestrado. O risco mais a angústia ligados a essa situação me convencem de que dinheiro em penca, às vezes, pode ser problemático. Dispenso, pois, de minha parte, esse luxo. Basta-me o suficiente para eu viver bem e sem cobradores na porta ou pesadelos. Essa riqueza eu já a tenho.

Eu poderia pedir-lhe, então, muitos anos de vida, mesmo julgando que você, Bom Velhinho, não tenha poderes para tanto. Porém sou sensat o saco de presentes que você carrega não traz essa sorte para distribuir aos desejosos de vida longa. Cada qual que faça a sua parte, zelando pela saúde e precavendo-se.

Você, Bom Velhinho, leva consigo a alegria, que reparte à vontade junto com os brinquedos. Isso é notável. E o que eu desejo tem a ver com essa alegria.  No Natal, nascimento de Cristo, peço a Deus que nos conserve os amigos cordiais e sinceros, sempre prontos a nos encorajar com seu incentivo, a nos aplaudir em nossas vitórias e a nos acudir na adversidade. Também desejo que os laços familiares mais se estreitem a cada dia, para que a família se mantenha unida e feliz, o que, ademais, nos ajuda a superar as dificuldades.

Então, Papai Noel, meus pedidos são estes: que Deus nos abençoe para que continuemos sentindo a cordialidade dos amigos e a harmonia da família. (Nada que Cristo não possa providenciar para que você, meu Bom Velhinho, traga para todos, neste Natal. E, como faço há anos, vou colocar meus sapatinhos atrás da porta e acordar bem cedinho para ver se você realizou mais um sonho meu.) 

E, claro, um Natal muito feliz para você também!...