ARTICULISTAS

Tempos conturbados

O Brasil passa por momentos complicados. Há pouco, países e entidades protetoras

Mário Salvador
Publicado em 04/11/2019 às 22:16Atualizado em 18/12/2022 às 01:40
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O Brasil passa por momentos complicados. Há pouco, países e entidades protetoras do meio ambiente proclamaram a universalização da Amazônia e se viram na obrigação de combater os incêndios desta floresta, com o propósito de “proteger o meio ambiente universal”. 

Todos sabemos, a grande floresta, além das exuberantes árvores, tem um subsolo valioso. Mas é preciso reconhecer que os ambientalistas pensaram em salvar as folhas verdes... Com a eficiente ação do Exército, somada a um pouco de diplomacia, a situação se acalmou. Isso significa que o Exército deve se fazer presente quando o assunto é resolver problemas melindrosos...

Logo após esse desastre florestal, os estados do Nordeste do Brasil passaram a sofrer com um grave vazamento de petróleo. Foram recolhidas mais de dez toneladas desse produto altamente tóxico. O turismo, naqueles estados, poderia ter ficado “a ver navios” por causa desse navio petroleiro que despejou a carga no mar.

Buscando auxílio de vários satélites, a Marinha fez o levantamento dos navios que passaram pelo local do derramamento. Concluiu-se que a sujeira foi provocada por um navio grego. Esse navio, com capacidade para transportar até oitenta e três toneladas de óleo bruto, esteve ancorado num porto dos Estados Unidos, com avaria. Eis um enredo para uma boa novela. Seria mesmo esse navio o culpado? A história ainda não teve o seu desfecho.

Inacreditável é o fato de as mesmas entidades ambientalistas que demonstraram desmedida preocupação com os incêndios na Amazônia (tudo bem, pois o mundo respira o oxigênio puro “fabricado na Amazônia”.) agora se esconderem e não se pronunciarem sobre esse desastre ambiental de graves proporções que atingiu praias e manguezais no Nordeste.

Não bastasse ao Presidente Bolsonaro administrar nosso conturbado país, sua vida pessoal também não é fácil. O porteiro do condomínio onde Bolsonaro tem um imóvel afirmou que um dos envolvidos no caso Marielle, pouco antes do crime, desejou entrar justamente na casa de Bolsonaro, que, uma vez contatado pelo porteiro, autorizou a entrada do veículo do criminoso. Entretanto, ficou provado que Bolsonaro, nesse dia, participou de votação no Congresso, em Brasília. Por muito pouco, a imprensa quase chegou ao mandante do crime ou ao assassino de Marielle – o morador daquele condomínio –, nosso Presidente da República... 

Acompanhar jornais através da mídia nos tem feito perder a razão, ora pois. Em tempos conturbados, todo cuidado é pouco para quem deseja manter a lucidez. E mais especialmente se você é o Presidente da República do Brasil.

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