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Em prol do social

Presidente Bolsonaro tem contra si um quinhão expressivo da imprensa brasileira, embora nela venha ganhando espaço significativo

Mário Salvador
Publicado em 07/10/2019 às 19:04Atualizado em 18/12/2022 às 00:54
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Presidente Bolsonaro tem contra si um quinhão expressivo da imprensa brasileira, embora nela venha ganhando espaço significativo, sempre em notas negativas. Apesar disso, ele prossegue apresentando medidas provisórias que, apesar de, como o próprio termo diz, não terem caráter definitivo, deveriam atrair a honesta atenção da imprensa, que teria o papel de informar os beneficiados pela medida. Por enquanto, a imprensa em geral tem dado uma tremenda canseira em quem procura pelo assunto, já que é preciso filtrar o que é verdade em cada notícia. 

Uma informação relevante, por exemplo, tem a ver com recente Medida Provisória 881, em vigor e de notável alcance social, que determina o que foi denominado Liberdade Econômica. Em resumo, a medida dispõe que as Prefeituras não poderão mais enviar fiscais para fechar estabelecimentos comerciais por não possuírem Alvará de Funcionamento ou por briga política. Em caso de desobediência à lei por parte das autoridades, o prejudicado deve procurar a polícia ou fiscais.

Apesar de eu não conhecer o inteiro teor da medida, creio no seu mérito, tendo em vista o índice de desemprego no país. E muitos dos desempregados que partiram para a luta, na tentativa de conseguir algum ganho com atividades comerciais, felizmente tiveram sucesso montando um pequeno negócio que, não raro, já rendeu alguma filial, com familiares impulsionando as vendas de produtos e serviços.

Tudo isso me leva a afirmar que o brasileiro é, antes de tudo, um forte – numa paráfrase a Euclides da Cunha, quando se referiu ao sertanejo. Forte é todo brasileiro que enfrenta adversidades, não se rende ao desespero e, na maioria das vezes, consegue superar problemas financeiros ou de saúde, revigorando-se com luta e garra.

Mais uma medida provisória de extraordinária efetividade é aquela que isenta do imposto de importação dezenas de artigos, sobretudo remédios, visando baratear o produto para o consumidor. Nosso bolso agradece.

Essas medidas me fizeram lembrar de que, quando inúmeros vendedores ambulantes comercializavam as mais diversas mercadorias e apropriavam-se das calçadas estreitas das ruas Alaor Prata e Artur Machado, tudo parecia, digamos, uma festa. E a única opção do transeunte era se arriscar, andando pelas ruas, concorrendo com os carros.

Graças à criação, pela Prefeitura, do primeiro camelódromo da cidade, que ainda hoje tem suas lojas funcionando com excelente movimento, as calçadas foram liberadas e os ambulantes ganharam um espaço valorizado, para exercício de suas atividades. Porém dezenas de outros vendedores ambulantes já ocupam as calçadas, sinal de que seria interessante ampliar o primeiro camelódromo ou criar o segundo. 

Não vamos dizer que seja agradável para o lojista ter na frente de sua loja um ambulante com mercadoras espalhadas à espera de fregueses. Mas, convenhamos que voltar-se para o trabalho é melhor do que para o crime. E se o ambulante se esforça para ganhar o pão de cada dia exercendo uma atividade comercial, o interessante é ele ser amparado de alguma forma – um bom assunto para entrar na pauta das reuniões de todos os nossos dirigentes, que não podem se omitir.

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