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Câncer de cabeça e pescoço, o 5º mais incidente no Brasil

Hézio Jadir Fernandes Júnior
Publicado em 20/07/2022 às 19:41Atualizado em 18/12/2022 às 20:49
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Feridas que não cicatrizam, rouquidão que não passa, uma dor de garganta que não vai embora. Pouco conhecido entre os cânceres mais comuns, o câncer de cabeça e pescoço é uma preocupação importante da área da saúde por ser um dos que mais são diagnosticados tardiamente. Segundo o Inca, cerca de 76% dos casos só são diagnosticados em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, além de elevar a taxa de mortalidade. Atualmente, ele é o 5º tipo de câncer mais incidente no Brasil.

Quando se fala em câncer de cabeça e pescoço, é importante mencionar que este é um nome genérico para os tumores que podem se formar na cavidade oral, nas glândulas salivares, faringe, seios paranasais e cavidade nasal e laringe. Pela classificação do Inca, também são considerados câncer de cabeça e pescoço os tumores surgidos na tireoide e esôfago cervical. Em homens, há mais casos de câncer de boca; em mulheres, na tireoide. No total, há uma média de 40 mil novos casos por ano – com cerca de dez mil mortes.

Há muitos fatores de risco associados ao câncer de cabeça e pescoço, incluindo tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção com certos vírus (como o HPV) e exposição a certos produtos químicos. Desta forma, pensando em prevenção, é melhor evitar o uso de cigarro e o consumo de álcool. E tomar a vacina contra o HPV é uma iniciativa importante.

A maioria dos cânceres de cabeça e pescoço pode ser detectada precocemente, através de exames regulares, feitos por um médico ou dentista. Entretanto, alguns sintomas de câncer de cabeça e pescoço podem passar despercebidos, e é aí que mora o perigo. Os sintomas mais comuns são muitas vezes confundidos com outras condições menos graves, como um caroço ou ferida que não cicatriza, uma dor de garganta que não vai embora, com dificuldade em engolir, rouquidão e perda de peso.

Portanto, é importante que estejamos atentos a esses sintomas, dando-lhes a importância que eles podem ter. Se diagnosticado precocemente, há 80% de chances de cura desse tipo de câncer.

Hézio Jadir Fernandes Júnior

Oncologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa

 

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