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Cronograma moderninho

Arahilda Gomes Alves
Publicado em 28/02/2022 às 18:58Atualizado em 18/12/2022 às 18:25
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Pode-se dizer que o WhatsApp seja vício, trazendo consequências espalhadas em boatos, ora em vaidades, malquerenças e outros sutis sentimentos e ressentimentos, que o “leitor” agrega, mas também com ele, uma gama de interesses, despreocupações e até um cordão de novos conhecimentos e amizades vêm à tona. Horas perdidas despertam outras encontradas e que nos atiçam a encaminhá-las.

Partícipe de várias entidades literárias, mensagens pululam, que de tão repetitivas, convidam-nos a passar a outros grupos sendo proibidas as de cunho político...os vídeos de bom dia, boa tarde, boa noite, impregnados de vírus, “segundo boletim informativo que vem do Japão”... Ou as de cunho comercial, que, por curiosidade, clicamos nelas, e, insistentemente, imploram nossa atenção!

Essa, repasso aos meus fiéis leitores: “OMS reclassifica conceito de jovem/idoso.

Anteriormente, instituição inglesa definiu, em 1875, que “idosos” eram indivíduos a partir de 50 anos... Diante da evolução da qualidade dos alimentos, das atividades físicas, hoje praticadas pela maioria das pessoas, e do avanço do número delas, que escolheram melhorar a alimentação, o que deu mais qualidade e aumentou a expectativa de vida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez nova avaliação do conceito de ser: Jovem, ter Meia-idade e ser Velh

1- Menor de idade: de zero a 17 anos

2- Jovens: de 18 a 65 anos

3- Meia-idade: de 66 a 79 anos

4- Idosos: de 80 a 99 anos

5- Idosos de longa vida: maiores de 100 anos!”

Englobam-se no primeiro item, em “análises experienciais”, as crianças entre folguedos e vida mansa, sem compromissos com a vida – até a adolescência, comicamente rotulada de aborrecência. Mas sabemos ser a fase em que os pais se desdobram em fraldas e cuidados. Trazem à tona exemplos, que os pequenos se embasam para uma vida plena de paz e felicidade, em mal trocadilho, o da feliz idade! E até da pergunta repetitiva: “o que você vai ser quando crescer?”.

Na segunda etapa, chega-se plena à fase áurea das conquistas, dos ideais, aliados à coragem da luta. Do desbravar horizontes, do contornar as pedras do caminho, segundo o poeta de Itabira. Dos desafios a escolher rotas, que nos levam a tropeçar e a cair, a analisar, a chorar e a cantar pela frutífera caminhada. E, em meio às conquistas, outras, de cuidados e experiências amorosas, da criação de um lar fazendo da família o modelo de uma pátria amplificada, segundo Ruy Barbosa. De formação ética e estética, aprimorando sentimentos, devastando ressentimentos, distribuindo experiências pela vasta incógnita do viver, mas de alcance pleno.

Vendendo saúde, robustez para pular quatro dias com o rei Momo, varando noites e tardes serenas, contando as muitas namoradas conquistadas...

Já a de classificação 3 seria a da afirmação e confirmação, talvez a fase áurea das lembranças de um tempo em que as folhas do calendário vão se dissolvendo em saudades, na robustez de uma vida ainda à procura de sonhos transportados em quimeras.

Na fase dos 80 aos 99, considerada a de muita sorte para os que a ultrapassam, orgulhosos, a “dar língua” aos que vêm correndo atrás, não querendo se esbarrar nos que estão nela, com medo de se contagiarem das rabugices e das repetitivas lições que querem ainda ensinar, através da frase filosófica de que: “no meu tempo...”

Ah, idosos de longa vida, que se tornam crianças de 100 anos. Quero estar aqui pra contar!

Arahilda Gomes Alves 

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