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F1 no Brasil terá êxito em tempos de pandemia?

Rodrigo Lico
Publicado em 20/08/2021 às 20:18Atualizado em 18/12/2022 às 15:51
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Depois de quase 2 anos sem realizar eventos com público, São Paulo volta a sediar a F1, marco para o início da retomada gradual no setor da indústria do entretenimento. 

Com previsão para ocorrer entre os dias 5 e 7 de novembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o primeiro lote de vendas de ingresso se esgotou em poucos dias. Vale ressaltar que o ingresso mais barato para os três dias do evento custa em torno de R$650 e os de valores mais elevados podem ultrapassar R$20 mil. 

Embora a capacidade de ocupação do autódromo seja reduzida e os organizadores garantam seguir todos os protocolos de higiene e segurança contra o coronavírus, a pergunta que muitos se fazem é: “Convém realizar este evento no Brasil, com um número de óbitos alarmante, sendo São Paulo a cidade que registra o maior número de contaminados e óbitos no país?”.  

Na contramão dessas questões também se encontra outro dilema, com o contraponto da questão econômica para se realizar o evento. Sabemos que se trata de uma modalidade com um público de alto poder aquisitivo, que podem trazer recursos para setores que estão em crise na cidade e reaquecer a atividade econômica. Dentre eles: transporte aéreo e terrestre, turismo, hotelaria, bares e restaurantes, boates entre outros. 

Estudos indicam que, em média, a Fórmula 1 movimenta apenas nesses três dias um montante superior a R$320 milhões (mais de R$100 milhões por dia), com um média de 150 mil pessoas presentes no evento, na cidade e no entorno, das quais 85 mil são turistas e 20% estrangeiras. 

Muitas dúvidas ainda precisam ser esclarecidas, muito embora o evento já possua o alvará para ocorrer, com o consentimento da prefeitura; questões práticas precisam ser sanadas, como por exemplo, quanto a prefeitura investiu no evento? Será preciso ter tomado as duas doses da vacina para ter acesso? Como será o controle das equipes, dos pilotos e de todos os profissionais envolvidos? 

Estamos falando em números absolutos que cada equipe possui – uma média de 1.970 profissionais envolvidos. Ao todo, são dez equipes, então, a estimativa de profissionais envolvidos gira em torno de 19.700. Como estes ficarão hospedados em seus respectivos hotéis, e o contato com outras pessoas? Como se dará o monitoramento para evitar se contagiar ou contagiar outros pela Covid-19? 

Em síntese, sabemos que se trata de um evento colossal e consagrado, presente no calendário da cidade, que possui adesão da maior parte da nação. Esta será a 73ª temporada e muitos querem ouvir o barulho dos motores, ver a velocidade dos carros e sentir a emoção da pista. Qual a sua opinião, deve ou não ser realizada a F1 no Brasil? 

Por Rodrigo Lico

Graduado em Publicidade e Propaganda; jornalista diplomado; pós-graduado em Comunicação Organizacional; colunista editorial; comentarista; analista político e econômico; estrategista em comunicação, mídia e marketing nos meios de comunicação; coach em formação, consolidação e consagração de imagem pessoal e institucional e digital influencer

Instagram: @rodrigolico

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