ARTICULISTAS

Gerenciando tendências de mercado pós-Covid-19

Mayla Amorim
Publicado em 16/05/2020 às 09:49Atualizado em 18/12/2022 às 06:22
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Quem é este novo consumidor? O que ele está nos dizendo? Como devemos nos preparar como negócio para o pós-crise?

A primeira coisa a fazer é não esperar a crise passar, comece já, pois a transformação do mercado, do comportamento de consumo e os imputs são visíveis. Não permita que as oportunidades escapem entre seus dedos ou o seu concorrente as aproveitará.

Estamos diante de um cenário incerto, cheio de adversidades, repleto de desafios e oportunidades. É o momento de agirmos como protagonistas das nossas histórias, dos nossos negócios, com FOCO ainda maior no CONSUMIDOR, no SER HUMANO.

Nada será como antes, isso é fato, cabe a nós profissionais de marketing buscarmos entender e traduzir este novo normal. O consumidor está nos dando sinais, o momento é agora, analisemos estas tendências e coloquemos em prática já.

Mas, afinal, quais são as tendências que permeiam o mercado neste momento e que farão toda a diferença para as marcas pós-Corona?

Fortalecimento dos elos humanos: o que é interessante observar é que, apesar de estarmos distantes fisicamente, jamais se viu tanta conectividade e preocupação em estarmos mais próximos uns dos outros. As relações humanas ganharam nova dimensão e importância, nunca se valorizou tanto os amigos, a família, a vida, o ser humano. Agora, mais do que nunca, as marcas que souberem valorizar as relações humanas e proporcionarem experiências que sejam únicas e singulares, sairão na frente. Pense nisso!

Senso de liberdade: o senso de liberdade atrelado ao sentimento de proteção será fator decisivo para que o novo consumidor sinta vontade de sair de casa. O cliente optará por ambientes de compra mais seguros, que reflitam, inclusive através da sua arquitetura, que ele estará mais protegido. O redimensionamento dos espaços comerciais e a forma como cuidamos da saúde e do bem-estar da equipe, dos fornecedores e dos consumidores, também se destacam como uma forte tendência. Estes aspectos farão toda a diferença na decisão da escolha do local e do canal de compra.

Desenlatar menos e descascar mais: outro aspecto a ser destacado é a preocupação com a saúde, com o bem-estar. A comida industrializada perderá espaço para aquela preparada pela e para família. Reaproveitamento de produtos e embalagens, desperdício zero, racionalização e consciência serão palavras e atitudes comuns entre as pessoas. Espaços que proporcionarem experiências gastronômicas entre famílias e amigos, que fortaleçam os elos das relações humanas, valorizem a alimentação saudável e incentivem o não desperdício sairão na frente.

Demanda reprimida: as pessoas sairão do isolamento social ávidas pelo consumo, afinal, foram privados disso por um bom tempo, mas estarão mais conscientes de suas atitudes. O consumo será mais responsável e seletivo; eu realmente preciso comprar? Se sim, de quem comprarei? Nesta hora se destacará aquela marca que ao logo da crise soube se relacionar com os stakeholders (colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade e investidores). Se sobressairá a marca que esteve presente, que foi solidária, que manteve contato e somou esforços até com a concorrência para que pudéssemos sair desta crise mais rapidamente. Quando formos comprar um sabão em pó, certamente daremos preferência àquela marca que fez a diferença e se preocupou com o próximo.

Ominicalidade: números da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) mostram que o consumo pela internet cresceu 30% em abril em relação a março, uma estimativa de 4 milhões de novos usuários. Uma tendência que veio para ficar é o digital, o multicanal, a conectividade. Fale com seu cliente no on e off-line, a integração do seu espaço físico com o online será fundamental, o e-commerce veio para ficar. Não ignore a importância que a “ominicalidade” terá para o seu negócio.

Gestão dos stakesholders: colaboração, compassividade, respeito, transparência, relação e união da cadeia de fornecimento são atitudes que mais do que nunca precisarão ser incorporadas ao DNA das empresas. Qualquer negócio para que seja bem-sucedido precisará criar valor para as partes interessadas.

Gerenciar o relacionamento, a comunicação e os interesses de maneira efetiva entre a empresa e seus públicos, serão fundamentais para o sucesso. Não podemos mais olhar de maneira isolada para os stakes, os objetivos precisarão caminhar juntos, pois, cada um desses grupos é importante para o sucesso do negócio. Comunidades podem juntas criar algo que, sozinhas não poderiam, exemplos concretos e de sucesso durante a pandemia foi o que mais tivemos.

Ouça o que o seu cliente está dizendo, não perca de vista a sua necessidade, seja solidário, humano, dê vida aos valores da sua marca!

A energia criativa está no mercado, o importante é saber como utilizá-la. Você pode inserir novas práticas e mudar a relação da sua marca com o seu cliente.

Mayla Amorim

Publicitária e especialista em Marketing Estratégico

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