ARTICULISTAS

O Dia Internacional da Mulher e a realidade atual

Existem registros que denotam haver desde o início do século passado a reivindicação

Manuela Baldiotti Ponce
Publicado em 13/03/2020 às 22:29Atualizado em 18/12/2022 às 04:54
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Existem registros que denotam haver desde o início do século passado a reivindicação de mulheres para que houvessem movimentos dedicados à sua causa de vindicar direitos trabalhistas, mas apenas em 1978 o chamado “Dia Internacional da Mulher” fora oficializado, levando então a debate o problema de desigualdade de gênero, que persiste até os dias atuais. 

Mais de cem anos se passaram e ainda nos deparamos com a desigualdade de gênero, manifesto principalmente na disparidade de salários e participação política, isto sem tecer sobre a violência contra a mulher e o feminicídio.

O que se tem em um cenário atual é que as conquistas havidas em árduo século gravado por lutas por direitos emanaram-se em triunfos adquiridos, como a edição da Lei Maria da Penha, advindo mediante a proteção deficiente por parte do Estado para mulheres vítimas de violência, porém, os próprios triunfos nos mostram que estamos distantes da equiparação do gênero.

Embora exista o dia internacional da mulher, data em que especialmente são tratadas com admiração, presenteadas com flores e discursos sobre as forças que lhes emanam, referido dia é e deve ser celebrado como um marco para a luta por direitos humanos.

Não deveria ser importante mencionar que mais de 70% dos homens ocupam os cargos administrativos e acentos parlamentares, porém, sob a ótica de que 50% seriam o justo, a discrepância nos remete à iniquidade ainda aparente e à conclusão de que, embora as mulheres sejam qualificadas, ainda se encontram intimidadas a exercerem seus direitos e manifestarem sua capacidade.

Muitas vezes, parecem esquecer que todo ser humano possuiu como primeira moradia uma mulher e por mais que tenha havido evolução no sentido de exposição dos problemas, que antes possuíam certo nível de aceitabilidade, as mulheres não buscam ser ouvidas, e sim tratadas com equidade.

Reflexões e discussões sobre o papel da mulher na sociedade, suas lutas por direitos e esforços para garantir a diminuição do preconceito na vida familiar, no mercado de trabalho, e demais locais não devem ser pauta apenas no dia 8 de março, e sim merecerem destaques no cotidiano.

Todos nós, juntos, na busca pela igualdade de gênero, teremos que vencer desafios globais sem precedentes, para tanto imensurável é a força que deverá ser impulsionada visando a erradicação da discriminação, que certamente acarretará em frutos permanentes para crescimento da sociedade. 

(*) Advogada e tesoureira do IBDFAM - Núcleo Uberaba

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