Em tempos de pandemia, ou mesmo em épocas mais normais, a realidade pode nos sobrecarregar diante das incertezas, do medo e das perdas materiais ou sentimentais. Mas, conforme li certa vez, temos sempre que manter um “fio conectado à terra” para descarregarmos nossas energias, como um “refúgio” para respirarmos e colocarmos as “coisas” e os “treins” nos lugares (como nós, mineiros, gostamos de falar).
Como bom mineiro, otimista, crítico, cauteloso e desconfiado feito um gato na madrugada, fico pensando que a pandemia levanta questionamentos sobre como foi possível que a situação chegasse a tal ponto, de ver tudo se transformar em uma guerra política, contra e a favor da vacina, do abre e fecha, do pode ou não pode, do que é ou não é certo.
Nesse borbulhar de questionamentos, pensei em analisar os posicionamentos políticos deixados em entrevistas pelos quatro cantos da mídia expressa, televisiva, radiofônica ou nas redes sociais...
Vejo anarquistas politiqueiros se posicionando como analistas políticos, gente com “capivara policial” mais extensa que a BR-116 apresentando soluções e tirando de Mãe Diná sobre as eleições 2022, quando não, falando sobre nossa cidade.
Vejo pseudocientistas, nazistas, adivinhos, ciganos, futuristas, entusiastas, depressivos e dezenas de outras “qualidades”, “metendo a colher de pau”, apresentando teses e soluções estapafúrdias sobre procedimentos e soluções, em oposição às questões e métodos científicos reais e oficiais.
Mas... hoje não vou falar sobre esse lamaçal de ignorantes metidos a propensos candidatos a irem para a Nasa, afinal, hoje eu “Tô Zen”!
Não “zen paciência”... “Tô Zen” com propensão a não embrenhar nesse túnel escuro, que é a pandemia. Mas quero respirar aliviado porque em pouco tempo poderei dizer que eu o atravessei com cautela e cumprindo minha parte com decência, pois, se eu cheguei, foi porque mereci atravessar e estar vivo.
“Tô Zen” porque sei que faço parte de uma equipe que luta para fazer Uberaba crescer 40 anos em 4, mesmo sabendo que não dá para ignorar que a crise causada pela pandemia de Covid-19 tem exigido dos gestores públicos respostas imediatas aos problemas gerados, não só na Saúde, mas também nos campos econômico e social, e quando tudo parecia caminhar para uma estabilidade eis que surge uma nova “onda”, que tem assustado os cinco continentes.
Assim, deixo para o próximo artigo o espaço para falar sobre política e seus analistas e anarquistas, evoluções e revoluções que se confundem com o borbulhar do tacho de cobre que ferve e cobre os corredores, ruelas e porões fétidos, nas reuniões na calada da noite, dos prováveis ou pretensos candidatos, rodeados pelos ratos famintos por uma “brecha” para pegar uma “teta” para mamar.
Não vou pensar nisso agora, afinal, Tô Zen!
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista e advogado
