ARTICULISTAS

Racismo e Consciência

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 15/05/2019 às 22:16Atualizado em 17/12/2022 às 20:47
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Já dizia Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. 

Mas, infelizmente, ainda aqui nos rincões “tupiniquins”, por ter sido colonizado por portugueses, há, até hoje, uma exaltação de tudo de bom que vem do branco, existindo desprezo e preconceito pelos de origem negra, tornando o Brasil, um país de fortes influências africanas, racista e preconceituoso até os dias atuais.

Não tem como negar, o preconceito existe na etnia ou religião, na orientação sexual, na posição social, na cor da pele e grau de escolaridade.

Notam-se as diferenças entre pessoas que, por estupidez e ignorância, criam o preconceito.

Onde estão os Direitos Humanos que dizem que todos são iguais, se há tanta desigualdade no mundo?

Todos os dias, lemos ou vemos manchetes de jornais relatand “Homem negro sofre racismo em loja”; “Mulheres recebem salários mais baixos que os homens”; “Rapaz homossexual é espancando na rua”; “Jovens de classe alta colocam fogo em mendigo”; “Ônibus não param para idosos”... Estas e muitas outras barbaridades fazem parte de nosso cotidiano, infelizmente.

Por mais que se diga que todas as pessoas são iguais, independentemente da cor de sua pele, o racismo continua existindo.

No dia 13 de maio, acompanhei grupos que se reuniam para comemorar a Lei Áurea, na Vila Celeste, e mil questionamentos surgiram, formando um caldeirão fervilhante cheio de dúvidas.

Por que andamos por aí e nos chamam de gordos, magros, pretos, brancos, árabes, gays, héteros? Por quê? Por que não vemos essa pessoa de um ponto de vista agradável e não a aceitamos no nosso mundo, na nossa vida? Há limites suficientes e temos de acabar com tudo isto.

Será que existem condições e força para lutarmos contra esse preconceito? Se não houver, temos de encontrar essa força e condições para tal, porque não há espaço para vivermos dentro do preconceito.

Será que o preconceito vive dentro de nós? Será o preconceito uma característica da humanidade que nunca poderá ser eliminada nem dizimada?

Não dá para negar, pois existem inúmeras perguntas por responder e tanto trabalho por fazer.

A verdade é que depende de cada um de nós fazer sua parte, acabando com qualquer tipo de discriminação, com qualquer tipo de preconceito, tendo consciência de que todos nós somos iguais, independente de raça, credo, idade, condição social ou opção sexual, e o primeiro passo é que cada um respeite os direitos dos outros.

Como diz Ataíde Lemos: “Pobre da alma que promove a divisão por se achar melhor que seu irmão, pois vive como um miserável”.  

(*) Advogado e Articulista

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