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Aos homens da política e cultura de Uberaba

Gosto da minha cidade quietinha e sem grandes atropelos, mas isto não significa que não tenha

Antonio Carlos Barroso Jacques
Publicado em 28/06/2018 às 21:02Atualizado em 17/12/2022 às 11:02
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Gosto da “minha” cidade quietinha e sem grandes atropelos, mas isto não significa que não tenha uma visitação maior em épocas específicas e também com opções de convívio para todos que aqui possam estar, turistas ou não, desde que ofertada a uma população mais evoluída, sem a loucura do dia a dia e sim a de uma lotação adequada, afinal... Somos Civilizados.

Passada a exposição e feriado prolongado, mesmo com o esvaziamento natural da cidade pela condição do calendário, passeando por Uberaba Naquelas Datas, notávamos que tratava-se de um intervalo com aumento de movimento considerável e de um público mais “educado”.

A situação desta ocasião me remete a refletir no evento do carnaval em relação à forte NÃO tradição de nossa cidade, que se caracteriza pelo fornecimento de turistas Uberabenses que abandonam nossas cercanias para aproveitar o maior feriado do ano em outras cidades, vizinhas ou não, proporcionando uma considerável transferência de nosso suado capital para aquelas cidades que acolhem de braços abertos nossos conterrâneos.

Certa vez rascunhei algo sobre uma alternativa para nosso ocaso turístico e a época, traçava uma opção de trazer público a nossa cidade ao invés de exportá-lo nestas oportunidades de intervalos no calendário propícios ao turismo, ocasiões estas que são tristemente desperdiçadas.

Na oportunidade, assim manifestei...

...Nesta época de carnaval, em que a maioria das pessoas promove um verdadeiro êxodo turístico de nossa cidade e que viajam a outras paragens para desfrutar do feriado, por tratar-se de uma data sem atrativos para muitos e ainda pelo fato de o intervalo não ser aproveitado por muitos, na verdade um feriado perdido para uma fatia comprovada de 70% ou mais da população brasileira.

Nestas datas poderíamos aproveitar o referido intervalo e, numa atitude reversa, inverter o fluxo de turismo das regiões vizinhas que também registram o mesmo fenômeno trazendo-os para nossa cidade.

Como alternativa faria a sugestão da organização de um Festival de Música alternativo ao carnaval de nível nacional e uma série de eventos relacionados que, associado a um festival regional ou mesmo nacional de competição musical nacional, com encerramento realizado por uma ou mais bandas de renome nacional, que nesta época encontram-se sem calendário de shows pela data do festejo do carnaval.

Poderíamos fazer a divulgação do festival que se daria de forma muito intensa nos meios de mídia especializada, trazendo junto à divulgação do festival uma propaganda implícita e nacional da cidade de Uberaba, enfatizando suas atrações e a alternativa oferecida por nosso festival e alguns eventos relacionados.

Associados à nossa alternativa, outros acontecimentos poderiam ser pré-agendados, como um encontro de carros antigos e ou de motoclubes, um festival gastronômico, ou ainda algo como um festival e circuito de comida de boteco (moldes de BH), opções devidamente discutidas na época da organização do evento.

Aproveitando-se da data, estimulando a boa recepção dos turistas que aqui comparecessem, trabalharíamos em atitude reversa para melhorar a taxa de ocupação de nossa cidade e sua rede hoteleira, com a criação de mais este dede de acontecimentos, determinando assim uma mudança positiva em nosso calendário de eventos de Uberaba.

Com um evento desta magnitude, o fluxo de uma parcela significativa de público em trânsito das cidades e estados vizinhos poderia ser invertido, já que a procura por alternativas ao carnaval para aquela época em todas as cidades é muito grande.

Para o novo evento, ainda contaríamos com um incremento de público de nossa própria cidade que nesta época, assim como de outras regiões, se enclausura em suas casas pela falta de programas alternativos oferecidos por nosso município e por nossos vizinhos.       

A intenção não é necessariamente abandonar os festejos da festa do carnaval, que continuaria como funciona atualmente, mas certamente a própria festa de carnaval também seria incrementada pelo aumento de público que aqui comparecesse.

O mais importante seria o incentivo gerado de forma muito intensa ao turismo em nossa cidade em época em que apenas exportamos turistas.

Para esta alternativa, poderíamos reativar o Festival de música Rock’n Street, ou mesmo criar um Wooberaba Festival, o primeiro por ser detentor de uma grande aceitação do público que participou ou mesmo já ouviu falar sobre o mesmo, inclusive de outras cidades do país, o segundo apenas como título sugestivo em alusão ao Festival de Woodstock associado ao nome de nossa cidade.

A ideia até parece utópica, mas ao tentar materializá-la denota-se que não se trata de nada tão intangível.

Pelo desenvolvimento da ideia, à época realizei até alguns levantamentos e dei andamento à fluidez do mecanismo de como tudo funcionaria, tornando a operação não tão difícil de ser organizada, numa rede de acontecimentos que certamente se completariam e funcionariam muito bem, com a formação de núcleos de organização dos acontecimentos.

(*) Perito criminal - Uberaba

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