SAÚDE

Queiroga anuncia que Brasil receberá antiviral contra Varíola de Macacos

Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (31), 1.342 casos de varíola dos macacos foram registrados no país

Publicado em 01/08/2022 às 14:52Atualizado em 18/12/2022 às 21:36
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O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil 🇧🇷. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento. — Marcelo Queiroga 🇧🇷🇧🇷 (@mqueiroga2) August 1, 2022

Ministro da Saúde, Marcelo Queirog, usou o Twitter nesta segunda-feira (1º) para anunciar que o Brasil vai receber remessa do antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos (monkeypox). A ação tem intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Segundo Queiroga, a princípio serão contemplados apenas os casos mais graves. O Tecovirimat tem sido usado de forma compassiva (emergencial) os Estados Unidos. Contudo, até então não há dados que comprovem a eficácia dele para o tratamento da varíola dos macacos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até domingo (31) 1.342 casos de varíola dos macacos haviam sido registrados no país. A primeira morte pela doença foi confirmada na sexta-feira (29), referente a um homem de 41 anos, internado em Belo Horizonte. Segundo informações, ele tinha comorbidades, o que pode ter prejudicado o quadro clínico. O Ministério da Saúde investiga as circunstâncias da morte.

Uberaba registrou seu primeiro caso suspeito da varíola dos macacos no fim de semana. O paciente tem 29 anos e esteve internado em isolamento em hospital particular, de onde deve receber alta nesta segunda-feira (1º). Conforme o comunicado da Secretaria Municipal de Saúde, o homem apresentou dor de garganta e manchas pelo corpo e não viajou para fora do país.

Em entrevista recente, Queiroga afirmou que o Brasil “fez o dever de casa” diante do surto de varíola dos macacos desde o início, providenciando laboratórios para diagnóstico, identificação dos casos e isolamento dos pacientes. Os laboratórios prontos para o diagnóstico da doença, segundo o ministro, estão no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais; na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; e no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doença

A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

O paciente pode ter febre, dor no corpo e apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].

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