SAÚDE

Reforço com Pfizer aumenta em 35 vezes anticorpos para quem tomou Janssen

Pesquisa nos EUA mostrou que níveis de anticorpos sobem 4 vezes com reforço da própria Janssen e 76 vezes com dose da Moderna

Publicado em 14/10/2021 às 19:46Atualizado em 19/12/2022 às 01:47
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Um estudo afirma que pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 da Janssen, da marca Johnson & Johnson (J&J), podem se beneficiar do reforço realizado com doses da Pfizer ou Moderna. Os resultados preliminares da pesquisa foram publicados nesta quarta-feira (13).

Este é um estudo norte-americano, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e aguardado com ansiedade nos Estados Unidos, porque olhava para a possibilidade de "misturar" vacinas, usando um imunizante diferente das doses iniciais para a imunização de reforço, o que atualmente não é permitido no país.

O estudo foi realizado em 458 adultos vacinados com uma das três marcas aprovadas nos Estados Unidos, Pfizer, Moderna ou J&J, por pelo menos 12 semanas. Cada um desses três grupos foi dividido em três novos grupos para receber uma das vacinas disponíveis como reforço. Os nove grupos eram compostos por cerca de 50 pessoas cada.

Os pesquisadores então testaram os níveis de anticorpos 15 dias após a vacina de reforço.

Para pessoas vacinadas com dose única da J&J, os níveis de anticorpos eram quatro vezes maiores após um reforço de J&J, 35 vezes maiores após um reforço da Pfizer e 76 vezes maiores após um reforço da Moderna.

Ficou constatado que os níveis de anticorpos para aqueles que originalmente receberam as injeções de Moderna foram maiores "independentemente da vacina de reforço administrada", em comparação com aqueles que receberam inicialmente Pfizer ou J&J, de acordo com o estudo.

O estudo enfatiza que não foram identificados problemas de saúde após a administração das doses de reforço.

No entanto, o estudo, que ainda não foi revisado por pares, tem várias limitações. O número de participantes foi pequeno e a resposta imune pode evoluir com o tempo, além dos 15 dias observados durante o estudo.

O professor do Baylor College of Medicine, Peter Hotez, tuitou que é importante não se deixar levar pelas descobertas. Os resultados do teste de uma segunda vacina de reforço da J&J conduzidos pela própria empresa foram "impressionantes", comentou.

O estudo do NIH deve suscitar discussões de um comitê de especialistas da agência reguladora de drogas e alimentos dos Estados Unidos (FDA), que está programada para analisar os pedidos de doses de reforço da Moderna e da J&J nesta quinta e sexta-feira, respectivamente.

*Com informações do jornal O Tempo

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