SAÚDE

Graças a brasileira, Google muda definição de síndrome de Down

Rafaella Massa
Publicado em 09/10/2021 às 10:48Atualizado em 18/12/2022 às 16:35
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 Foto/Arquivo

Diretor da Apae Uberaba, Alex Abadio Ferreira, explica que a síndrome de Down não é adquirida e, por isso, não se encaixa no conceito de doença

 Na terça-feira (28), as pessoas com síndrome de Down deram mais um passo em direção à quebra de estigmas. O sistema de pesquisa Google atualizou a classificação da síndrome de doença para condição genética, graças à campanha da influenciadora brasileira Vitória Mesquita, de 22 anos.

Apesar de parecer uma conquista pequena, para os portadores da condição significa muito mais do que uma mudança de palavras. Condiz, na verdade, com uma mudança de pensamento. Um primeiro passo para quebrar tabus.

O diretor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Uberaba, Alex Abadio Ferreira, conta que a falta de conhecimento sobre a síndrome de Down é a verdadeira fonte de preconceitos. “É sempre interessante lembrar que a síndrome de Down não é uma doença, não se adquire, a pessoa com Down apenas tem uma condição genética diferente do resto da população”, explica.

Portanto, essa é uma oportunidade dos portadores da síndrome de serem tratados da maneira correta e de forma mais respeitosa, sem exclusão e sem ignorância. “A atualização no serviço de busca do Google deixa de estigmatizar a síndrome de Down como doença e passa a tratá-la como uma condição genética, o que é importante para a inclusão das pessoas com esta síndrome na sociedade, minimizando o preconceito em relação a elas”, relata Alex.

O diretor ainda reforça que qualquer criança precisa ter como base do desenvolvimento o apoio da família, do meio social e acompanhamento. “No caso da condição genética da trissomia 21, o acompanhamento transdisciplinar é fundamental: fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo. É durante a infância que as crianças recebem os primeiros estímulos que irão influenciar na sua trajetória escolar e no seu desenvolvimento futuro, fundamentais para uma vida saudável e plena inclusão social”, esclarece Ferreira. 

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