SAÚDE

Os cuidados com a saúde mental de crianças e adolescentes em meio à pandemia

Mesmo com restrições ao convívio social, a orientação é de adaptação das atividades

Publicado em 31/08/2021 às 15:27Atualizado em 19/12/2022 às 02:19
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Foto/Reprodução

A pandemia afetou a rotina em diversos setores, principalmente no que se refere às relações de convívio social. Nesse sentido, crianças e adolescentes também sentem o peso das bruscas mudanças do cotidiano. Especialistas temem que essa nova realidade, se seguida sem os devidos cuidados, possa refletir na saúde mental dos menores e seus responsáveis a curto e longo prazo. 

O pediatra Alexander Engelberg (CRM-SP 88.594) do Sistema Hapvid/RN Saúde, aponta alguns problemas causados em crianças e adolescentes em meio ao isolamento social. “A pandemia tem afetado as crianças de várias formas, diretas e indiretas. A criança tem uma necessidade muito grande de convivência e interação, temos atividades das mais distintas nas escolas, e essa situação de confinamento tira a capacidade de conviver e interagir e faz com que as crianças fiquem mais estressadas e irritadas”.

“A geração de hoje é muito imediatista, gosta de ter seus anseios atendidos de maneira muito rápida e dinâmica, então quando se impõe restrições e limites para convivência você, de uma certa forma, gera uma ansiedade que vai causar alterações comportamentais importantes”, completa o pediatra, destacando a importância dos cuidados com a saúde mental. 

Apesar das mudanças repentinas, Engelberg entende que a situação atual é atípica e temporária. Portanto, o especialista aponta possíveis soluções a serem desenvolvidas no momento, mesmo em casa. “Dentro dessa realidade de restrição, a família assumiu um pouco esse papel, de buscar atividades coletivas dentro de casa para uma aproximação maior das crianças. Elas demandam muita atenção do adulto, então dessa maneira é possível voltar a ter um contato maior, explorar atividades lúdicas, educativas e físicas e que, dentro da família, conseguem estreitar essas relações e, de uma certa forma, preencher essa lacuna de convívio social”.

Nas palavras do pediatra, a informação também é uma importante forma de situar as crianças neste momento. “O papel dos pais é fundamental quando as crianças precisam ter mais convívio dentro de casa, cabe a eles esclarecer a situação que estamos vivendo hoje, a importância das regras de distanciamento, inclusive até de alguns familiares, e estabelecer um conforto em um ambiente seguro e que haja uma interação dentro do lar para que isso transcorra da melhor maneira possível”.

“É importante os pais estarem atentos para que eles mesmos não deixem passar informações distorcidas, procurar saber se os filhos não estão com alguma dúvida, já que muitas crianças vêm apresentando sinais de ansiedade e estão apreensivas vendo muitas notícias de hospitais e mortes o tempo todo, dentre outros assuntos”, completa o especialista.

Para finalizar, o pediatra destaca a importância da atenção dos pais e responsáveis neste momento, a fim de evitar danos maiores à saúde de crianças e adolescentes. “É importante os pais se colocarem à disposição para passar segurança aos filhos e esclarecerem possíveis questionamentos. Existem muitos estudos indicando sintomas depressivos e de ansiedade, e é uma situação muito nova, mas a psicologia vem estudando formas de abordar e lidar com o assunto, trabalhando a cabeça da criança e adolescente e tendo uma consciência de qual nível chegou a situação para se ter uma percepção de como atuar”.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 201 clínicas médicas, 45 prontos atendimentos, 173 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial. 

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