SAÚDE

Terceira onda pode ser evitada se variantes forem controladas, afirma infectologista

Rafaella Massa
Publicado em 13/06/2021 às 19:35Atualizado em 18/12/2022 às 13:52
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As questões científicas da pandemia ainda causam muitas dúvidas na população. Enquanto uma parte acredita já estarmos na terceira onda da Covid-19, outros não fazem a menor ideia de qual momento está a situação e só torcem para que termine logo. Em entrevista à Rádio JM, a infectologista Cristina Hueb Barata explica que, em tese, não estamos numa terceira onda, e sim ainda na segunda, já que para ser considerada uma terceira onda os casos precisam ter chegado próximo a zero.

“Então, na realidade, o que a gente está vendo é que no momento ainda está muito alto o número de casos, as taxas de leitos ocupados, e pode haver um incremento. Mas na realidade, estatisticamente falando, essa não é uma terceira onda”, afirma.

Porém, a médica conta que, atualmente, a maior foco entre a comunidade científica tem sido e controlar e minimizar a infecção que ocorre por outras cepas, por exemplo, a P1, vinda de Manaus, que pode ter uma carga viral 10 vezes maior que outras cepas, além de debilitar mais a saúde do paciente.

“Realmente, a preocupação que se tem é com relação ao aparecimento destas variantes, e que se as vacinas, ou até mesmo as pessoas que ainda não se vacinaram, mas que já tiveram a infecção, se elas vão estar imunes. Para poder conter todo esse quadro da epidemia e não ser novamente infectados. Essa ainda é uma grande questão. A maior preocupação agora é a atual cepa, a P1. Se realmente conseguir segurar essa cepa, a gente provavelmente não vai ter essa terceira onda”, relata Cristina.

Porém, para evitar este contágio, é necessária a consciência da população, e a permanência das medidas de contenção ao vírus, como o uso da máscara e sanitização. “Pode acontecer de, junto com as vacinas, as pessoas não entenderem que é importante manter essas medidas de precaução, porque a vacina não garante 100% na não aquisição. Ou você ser um transmissor assintomático, a transmissão vai continuar. E é lógico que a pandemia só vai acabar quando todos estiverem ou expostos ou vacinados”, finaliza.

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