A tradicional comemoração da Páscoa sempre foi repleta de pessoas e boas comidas. No período de pandemia, não só deve haver o cuidado das presenças, como também o cuidado com as sobremesas. De acordo com a nutricionista Danyela Gerolin, o consumo em excesso de doces pode agravar quadros de doenças crônicas, e favorecer o desenvolvimento de cânceres.
“O maior problema de consumir açúcar em excesso, sem dúvidas, é a obesidade. E a obesidade é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, e alguns tipos de câncer. Hoje, a obesidade é um fator de risco maior que o cigarro para se desenvolver um câncer”, revela Danyela.
Segundo a nutricionista, a tentativa de driblar o açúcar com adoçantes também não deve ser incentivada, pois estimula o cérebro e vicia a sensação de prazer.
“O consumo de adoçante não é interessante. O nosso cérebro entende os sabores apenas como doce e amargo, e o adoçante entra como doce. No cérebro tem um hormônio que é viciado na sensação de prazer que o doce oferece, e o adoçante vai levar isso”, argumenta a doutora.
Além disso, a pandemia é um fator extra na condição de vício de açúcar. De acordo com Danyela, as pessoas consomem produtos doces em excesso como forma de escapar da ansiedade.
“A pandemia, época com muita ansiedade, está elevando o consumo de açúcar, está fugindo do controle. Recebo mensagens com ‘estou muito ansiosa e acabo descontando em alimentos com muito açúcar’. Na verdade, nós não precisamos desse açúcar refinado. Nos alimentos já temos açúcar que vai virar energia”, finaliza a nutricionista.