SAÚDE

Mãos ressecadas pelo excesso de álcool em gel viram porta de entrada para doenças

Publicado em 01/08/2020 às 10:59Atualizado em 18/12/2022 às 08:22
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 Fot Babi Magela

Dermatologista Giovanna Prata explica que o segredo é apostar na hidratação das mãos, sobretudo à noite

Indicado como proteção ao contágio pelo novo coronavírus pelas autoridades de saúde, o álcool em gel deve ser usado de forma consciente. Muitas pessoas, por medo de contaminação, acabam usando tanto o produto que, se pudessem, até tomariam banho em uma piscina de álcool 70%. Mas o uso excessivo e prolongado desse esterilizador é prejudicial à saúde e acaba perdendo o efeito de desinfecção.

Ressecamentos, fissuras e dermatite de contato são exemplos comuns recorrentes dos males causados pelo álcool 70% em excesso. Para a dermatologista Giovanna Prata, a moderação do uso é de suma importância porque sua ação antisséptica pode alterar a microbiota residente na pele.

O segredo é apostar na hidratação. “Quando aplicamos o hidratante, ajudamos a proteger a pele, evitando o aspecto esbranquiçado e o toque áspero do ressecamento. O hidratante deve ser um aliado da lavagem das mãos e do álcool em gel”, afirma. A ordem correta é lavar bem as mãos, reforçar a limpeza com o álcool em gel e, assim que secar, usar o hidratante. A rotina deve ser repetida todas as vezes que higienizar as mãos. Uma boa estratégia é aplicar o hidratante para as mãos à noite, antes de se deitar, pois assim o produto atuará durante toda a noite, regenerando a pele, uma vez que lavamos as mãos com menos frequência nesse período.

Nesse sentido, a consultora higienista Anny Rosa alerta que aplicar álcool nas mãos não pode substituir o ato de lavá-las. Até porque ele para de fazer efeito. “Precisa ter um momento de lavar as mãos com sabonete, fazer a esfregação direitinho como a gente precisa, para depois reforçar esse processo com álcool em gel. Na superfície e nos utensílios é a mesma coisa. É preciso ter um processo de limpeza com o produto correto, um limpador, multiuso, detergente, entre outros, para tirar essas sujidades, esse possível contaminante, para depois aplicar o produto chamado de desinfetante. Aí sim, depois de limpar e desinfetar, é que foi feita a higienização daquela superfície, daquele ambiente ou daquele utensílio”, explica. (LP)  

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