SAÚDE

"Segundo cérebro" do corpo humano, o intestino afeta até mesmo a saúde mental

Autônomo e independente, o intestino é também a chave para a nossa imunidade, indicando quando o seu corpo está chamando a sua atenção

Larissa Prata
Publicado em 26/06/2020 às 08:05Atualizado em 18/12/2022 às 07:25
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Divulgação Gustavo Tiveron explica que disfunção intestinal vai além de alterar a absorção de alimentos, podendo provocar doenças como diabetes e hipertensão   A quantidade de curvas pode até dar um indicativo de proximidade entre o cérebro e o intestino. Mas a relação entre os dois vai além de semelhança visual. Muitas pessoas nem imaginam que o intestino desempenha papel fundamental no corpo humano, com funções que extrapolam os limites da digestão. Tanto que hoje em dia ele é considerado o “segundo cérebro” do corpo humano.   “Temos mais neurônios no tubo digestivo que no cérebro”, explica o médico coloproctologista Gustavo Tiveron. “Hoje o tubo digestivo não é reconhecido apenas com digestor dos alimentos, ele tem funções reguladoras nos sistemas endócrino e imunológico”, informa. E o intestino é considerado o órgão “diferentão” do corpo humano. Isso porque, ao contrário dos outros, ele pode funcionar sozinho, tem sua própria autonomia, sem precisar que o cérebro lhe diga o que fazer.   O coloproctologista também explica que a disfunção intestinal vai além de alterar a absorção de alimentos. Por isso, uma alimentação saudável é essencial para quem protege o próprio intestino e – por que não? – a vida. “Exagerar em comidas gordurosas como frituras e fast-foods impacta todo o funcionamento intestinal, levando ao armazenamento inadequado de gordura no fígado, aumento do acúmulo de gordura no abdômen e aumento da circunferência abdominal, o que nos expõe ao risco de síndromes metabólicas”, orienta o médico. Como consequências dessa ingerência na alimentação estão diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias, culminando em infarto agudo do miocárdio), derrames cerebrais e os AVCs.   Como se não bastassem todas essas consequências danosas, não cuidar do próprio intestino afeta também a saúde mental. “Muitas doenças psíquicas podem iniciar ou terem como gatilho o tubo digestivo”, afirma Tiveron. Por isso, se o seu humor não anda legal ou se a ansiedade parece infinita, preste atenção em como está cuidando de seu intestino. A maior parte da serotonina está no trato gastrointestinal. Ela é um neurotransmissor que afeta diferentes funções corporais e sua concentração pode ser reduzida pelo estresse, humor ou ansiedade, por exemplo, e aumentar diante da felicidade. Como você está tratando o seu intestino?

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