SAÚDE

UFTM inicia pesquisa sobre eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19

Participantes são profissionais de saúde da UFTM com quadro gripal sugestivo de Covid-19

Publicado em 26/05/2020 às 16:02Atualizado em 18/12/2022 às 06:35
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Foto/Divulgação 

Sob coordenação do Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) iniciou, como co-participante, pesquisa para avaliar a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

O estudo “Coalizão nº 5” pretende avaliar a eficácia do medicamento para saber se o uso precoce da hidroxicloroquina pode diminuir complicações ou a evolução da doença. Com recursos financeiros patrocinados pelo Hospital Oswaldo Cruz, participam da pesquisa mais de 100 hospitais no Brasil. A previsão é avaliar 1300 pacientes em todas as regiões do país.

A equipe da UFTM é coordenada pelo professor e médico infectologista Rodrigo Molina. Participam os professores Maria Helena de Castro e Silva, Luciana Almeida, Alan Teixeira e o médico Fernando Neves.

Os pesquisadores da UFTM começaram a atender, exclusivamente, profissionais de saúde da Universidade que trabalham em atendimento presencial e apresentem sintomas gripais. A consulta ocorre no andar térreo do Ambulatório Maria da Glória do Hospital de Clínicas da UFTM (HC-UFTM), de segunda a sexta-feira. Quando forem atendidos no ambulatório, os profissionais serão convidados a participar da pesquisa.

“Os pacientes com sintoma gripal, geralmente do sétimo a décimo dia do início, são atendidos pela equipe da pesquisa. Se acharmos que há critério de inclusão, a pessoa será convidada. Depois de concordar, fará exames para Covid-19 e para segurança do uso da medicação. O paciente incluso na pesquisa receberá a hidroxicloroquina e tomará a medicação em casa por cinco dias, período em que o estado de saúde dele será monitorado a distância. Se o exame para coronavírus for negativo, orientamos a suspensão. Se for positivo, informamos o resultado e ele termina a medicação”, detalhou Molina.

Na pesquisa, os indivíduos com quadro gripal sugestivo de Covid-19, que aceitarem participar, assinam um termo de consentimento e serão sorteados para receber hidroxicloroquina ou placebo - comprimido sem qualquer efeito no organismo.

Trata-se de um estudo duplo cego, em que nem o paciente nem quem prescreve sabe a variável administrada. Para o coordenador da pesquisa na UFTM, essa classe de estudo é a melhor forma de entender se uma medicação é melhor, pior ou indiferente em relação a um placebo.

“É a forma mais adequada de comprovar se a medicação, que é tão divulgada nas mídias pelo Ministério da Saúde, tem alguma eficácia, se há comprovação em torno de seus efeitos. E quando são realizadas nas universidades, ganham patamar diferenciado, mais elevado. Por isso nós quisemos participar, a fim de comprovar mesmo se a medicação é verdadeiramente eficaz neste tipo de situação”, concluiu Molina

 

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