SAÚDE

Conheça as seis mais promissoras vacinas candidatas à prevenção da Covid-19

Publicado em 19/05/2020 às 16:39Atualizado em 18/12/2022 às 06:27
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Foto/reprodução/Reuters

O isolamento social tem tirado o sono de muitas pessoas ao redor do mundo, angustiadas sem saber até quando isso tudo vai durar. A indefinição sobre o cenário e o temor por novas ondas de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) acabam gerando expectativas enormes em torno de uma vacina que possa imunizar populações inteiras. Tendo isso em vista, levantamento do banco de investimentos Morgan Stanley mapeou 110 pesquisas em andamento em diferentes países e identificou seis vacinas que podem, de fato, dar certo.

Somente um imunizante poderia garantir o retorno seguro às atividades do dia-a-dia, uma vez que não há consenso nem mesmo sobre o tempo de duração da imunização de pacientes curados. Para uma vacina eficaz chegar às prateleiras deve ser de um ano, de acordo com especialistas, enquanto em tempos “normais” levariam uma década.

O relatório do Morgan Stanley levou em consideração vacinas com prazos mais adiantados e cujas empresas têm capacidade de ampliar a escala de produção para além de 500 milhões de doses. Veja quais:

CanSino Biologics 1

A vacina usa o mesmo vetor de uma fórmula aprovada para o combate do ebola. Batizada de Ad5-nCoV, a substância usa adenovírus considerado inofensivo do vírus do resfriado comum para obter antígenos que estimulam respostas imunes do organismo. A vacina Ad5-nCoV está na fase de testes clínicos e foi testada em 500 pacientes até o fim de abril. A expectativa é que a terceira fase comece no próximo inverno, incluindo também outros países além da China. A CanSino Biologics 1 tem capacidade para produzir milhões de doses e pretende expandir para 100 milhões em 2021.

Oxford/Vaccitech

A vacina desenvolvida usa adenovírus de chimpanzé, conhecido como ChAdOx1. A ChAdOx1 nCov-19 ainda está na primeira fase de testes, contemplando 1.102 voluntários entre 18 e 55 anos.

As segunda e terceira fases contemplarão pessoas entre 55 e 70 anos e menores de 18 anos, respectivamente. A expectativa é que elas comecem em junho e que 5.000 pessoas sejam testadas.

A vacina já está sendo produzida em larga escala e acredita-se que 100 milhões de doses sejam produzidas até o fim deste ano. Até 2021, espera-se que haja centenas de milhões disponíveis.

BioNTech/Pfizer

Chamada BNT162, a vacina testada pelas duas empresas é formada a partir de inoculação do RNA mensageiro e dois antígenos combinados. As duas empresas já tinham parceria para a produção de vacinas contra a influenza desde 2018. A substância em teste está na fase clínica e a expectativa é que centenas de milhões de doses sejam disponibilizadas ao mercado em 2021.

Moderna/NIH

A vacina da Moderna e NHI ganhou destaque nos últimos dias após o anúncio de êxito na imunização de um pequeno grupo de pacientes, feito na segunda-feira.

Batizada de mRNA-1273, a fórmula aposta também na técnica do RNA Mensageiro, a exemplo da BioNTech e da Pfizer. Os trabalhos têm apoio formal do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.

Após estudos demonstrarem segurança da pesquisa, a primeira fase de testes foi estendida para a inclusão de mais três grupos de adultos entre 55 e 71 anos e outros três de idosos acima dessa faixa de idade, que compõem o grupo de risco.

A segunda etapa foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência americana equivalente à Anvisa brasileira, e contemplará 600 voluntários. O trabalho prático deve começar em junho, após finalização do planejamento da terceira fase.

Ao anunciar o êxito, a Moderna afirma ser capaz de produzir milhões de doses. Além disso, o laboratório selou acordo com a farmacêutica Lonza para ampliar a produção, pretendendo ampliar a escala em 10 milhões a cada mês até chegar a 1 bilhão de doses por ano, na metade de 2021.

Johnson & Johnson

A vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson se baseia na técnica do adenovírus e foi batizada de Ad26 Sars-CoV-2. Os testes clínicos estão previstos para setembro. O laboratório pretende produzir entre 600 milhões e 900 milhões no primeiro trimestre de 2021, e chegar até 1 bilhão até o fim do próximo ano.

Sanofi/GSK

A fórmula pesquisada pelas duas companhias pretende misturar as técnicas de recombinação, com uso do vírus inativo, de baculovírus usada na produção de vacina contra a gripe da Sanofi, e tecnologia de sistemas adjuvantes para aumentar a resposta imune presente em vacina contra a herpes-zóster da GSK.

Os primeiros testes em humanos estão previstos para o último trimestre de 2020 e a capacidade de produção, segundo as empresas, deverá ser de 1 bilhão de doses por ano até o fim da primeira metade de 2021.

 

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