SAÚDE

Coronavírus: Médico alerta para cuidados ao manusear itens pessoais em público

Estudos internacionais apontam que vírus pode sobreviver até três dias em determinadas superfícies, como o plástico

Publicado em 30/03/2020 às 19:52Atualizado em 18/12/2022 às 05:21
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O vírus é novo, ainda desafia a comunidade científica, mas já impôs uma série de recomendações sobre mudanças de postura necessárias para a evitar a contaminação. A primeira delas, e mais difundida, continua sendo a dos cuidados com a higiene pessoal, especialmente das mãos. Mas especialistas alertam sobre a necessidade de redobrar os cuidados em situações de exposição e que, aparentemente, não representam tanto risco.

“O que temos percebido ao longo das últimas semanas são pessoas, em sua maioria, bastante preocupadas com o contato com outras e isso, claro, é extremamente importante já que essa é a forma direta de contágio. Mas é importante também que todos nós tenhamos cuidado ao manusear objetos, inclusive os pessoais, quando estamos em locais públicos ou retornamos deles”, alerta o médico Denilton da Silva Oliveira, da RN Saúde, que faz parte do Sistema Hapvida.

Ele ressalta que ainda não existem estudos conclusivos sobre o tema, mas pesquisas internacionais já sugerem que ele pode sobreviver por até três dias em algumas superfícies. “Sabemos que toda a comunidade cientifica e médica está empenhada em desmitificar profundamente esse inimigo, até mesmo para que consigamos alcançar formas mais diretas e eficazes de combate. Nesse sentido, vários estudos estão sendo realizados, e alguns já apontam que o novo coronavírus pode sobreviver até 72 horas em superfícies plásticas. Justamente o material que compõe boa parte dos objetos que manuseamos frequentemente, como celulares, chaves de veículos e óculos”, diz Oliveira

O médico revela ainda que um dos estudos que apontam essa resistência foi apresentado recentemente em um artigo publicado na revista internacional The New England Journal of Medicine, que analisou a performance do vírus em diferentes superfícies, sendo que a maior estabilidade encontrada foi justamente em materiais plásticos e de aço inoxidável. O resultado traz um alerta ainda maior sobre a higiene com as mãos ao longo do dia e, principalmente, ao ter contato com esses materiais.

Entre as dicas para evitar o contágio, o profissional destaca que a principal continua sendo a de só sair de casa quando realmente for necessário e, nesses casos, aumentar a frequência de higienização das mãos. “Muita gente está trabalhando normalmente e não tem escolha já que precisam sair de casa. Outras, precisam ir até um supermercado ou farmácia, e com isso também podem ter contato com o vírus que continua circulando em nosso país. Então, independentemente de qual grupo você esteja, lembre-se sempre de higienizar as mãos”, alerta.

De forma prática, ele orienta que ao chegar a um local público, como um supermercado, por exemplo, é necessário higienizar as mãos e tentar fazer o mesmo com o apoio dos carrinhos ou cestas. Ao fim das compras, é indicado higienizar as mãos mais uma vez. E, ao chegar em casa, o médico sugere descartar todas as embalagens e sacolinhas que puder, além, é claro, de lavar bem mãos antes de manusear outros objetos pessoais.

 

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