SAÚDE

Violência obstétrica será discutida pelos deputados federais em 2020

Foi instalada na Câmara dos Deputados comissão especial para tratar do assunto

Publicado em 22/02/2020 às 10:00Atualizado em 18/12/2022 às 04:26
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Considera-se violência obstétrica os atos agressivos tanto de forma psicológica quanto física

A violência obstétrica é a prática de procedimentos e condutas que desrespeitem e agridam a mulher na hora da gestação, do parto, nascimento ou pós-parto. Na prática, considera-se violência obstétrica todo ato agressivo tanto de forma psicológica quanto física. Pensando nisso é que os deputados federais em 2020 vão discutir o tema, que é muito importante para a população feminina.

De acordo com a OMS, é considerada violência obstétrica desde abusos verbais, restringir a presença de acompanhante, procedimentos médicos não consentidos, violação de privacidade, recusa em administrar analgésicos, violência física, entre outros. A declaração diz, ainda, que mulheres solteiras, adolescentes, de baixo poder aquisitivo, migrantes e de minorias étnicas são as mais propensas a sofrer abusos, desrespeito e maus-tratos.

Segundo a Organização das Nações Unidas (OMS), são estimados 140 milhões de partos a cada ano e a maior parte deles ocorre sem complicações para mulheres e bebês.

Mesmo assim, nos últimos 20 anos, os profissionais de saúde ampliaram o uso de intervenções que eram anteriormente usadas apenas para evitar riscos ou tratar complicações, tais como a aplicação de ocitocina para acelerar o trabalho de parto e as cesarianas.

Foi instalada na Câmara dos Deputados uma comissão especial para tratar do assunto, principalmente, por conta do aumento de denúncias de violência obstétrica e a alta taxa de morte materna no Brasil. A comissão será composta por 34 titulares e igual número de suplentes.

As diretrizes de segurança e respeito a essas mulheres incluem ter uma companhia à sua escolha durante o trabalho de parto e o nascimento da criança; receber atendimento respeitoso e acesso a boa comunicação com os profissionais de saúde; manter privacidade e confidencialidade, e ter autonomia decisória sobre a gestão da dor, posições, entre outras.

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