SAÚDE

Oncologista alerta para a importância da vacina contra o HPV

Imunização contra o papilomavírus humano pode evitar o desenvolvimento de até seis tipos de tumores HPV relacionados, entre eles o de útero e orofaringe

Publicado em 22/01/2020 às 20:29Atualizado em 18/12/2022 às 03:42
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O HPV (papilomavírus humano) é um vírus que infecta a pele ou as mucosas oral, genital e anal de homens e mulheres. Comum, na maioria das vezes pode regredir espontaneamente. Mas, quando persistente e causado por um tipo viral oncogênico (causador de câncer) e se não identificado e tratado, pode evoluir para um câncer. Contagioso e, em geral propagado pelo contato de pele com pele, o modo mais comum de transmissão é por meio do ato sexual. Por isso, pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível.

Como método de prevenção é indicada a vacinação contra HPV, totalmente segura e essencial, porém em muitos casos negligenciada por falta de informação e preconceito. "Embora o Brasil e vários países da América Latina tenham programas nacionais de imunização bastante consolidados, a vacina contra o papilomavírus humano ainda tem baixa adesão na população indicada, ou seja, meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos", conta a oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center, Dra. Andréa Gadêlha.

Segundo a médica, para conseguir uma melhor proteção ante a infecção pelo papilomavírus humano, a vacina deve ser aplicada precocemente e antes do início da vida sexual. "Quando isso não acontece, há um terreno fértil para a infecção por HPV, o que pode causar, se não diagnosticado e tratado, variados tipos de câncer. O principal é o de colo de útero, mas pode atingir também vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe", completa.

A vacina tetravalente está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2014 para meninas entre 9 e 13 anos, e desde 2017, foi ampliada para meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos. "Infelizmente algumas barreiras em relação à adesão da vacina necessitam ser vencidas, como disseminação de "fake news" relacionadas aos eventos adversos, que são raros e habitualmente de baixa gravidade, além de fatores religiosos e culturais, já que há crença por alguns pais que correlacionam a vacina como um estímulo ao início da atividade sexual precoce, o que não é verdade ", finaliza a Dra. Andréa.

A imunização contra HPV, protege de câncer, é segura e deve ser realizada antes do início da atividade sexual para obter uma maior resposta protetora. Assim, as crianças devem ser vacinadas contra o HPV, da mesma forma que são vacinadas contra outras doenças. 

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