SAÚDE

Síndrome Do Trato Iliotibial

Publicado em 13/12/2019 às 14:59Atualizado em 18/12/2022 às 02:46
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Se você nunca ouviu falar da Síndrome do Trato Iliotibial e é praticante de corrida, certamente vai acabar ouvindo em sua jornada.

Isso porque a Síndrome do Trato Ilitibial é popularmente chamada de "Joelho de Corredor", exatamente por ser muito comum em praticantes de corrida.

Mas o que vem a ser essa Síndrome? Quais são suas características? Há formas de preveni-la? É o que vamos descobrir no texto de hoje. Conhecendo O Trato Iliotibial

O trato iliotibial é uma faixa de tecido fibroso que se origina no osso da bacia (crista ilíaca) e a partir dos músculos tensor da fáscia lata, glúteo máximo e médio e termina na tíbia e na fíbula.

Ou seja, fica na lateral da coxa e vem da bacia até a lateral do joelho.

A Síndrome do Trato Iliotibial é uma lesão por sobrecarga no trato iliotibial. A inflamação surge na parte lateral do joelho e se caracteriza por dor localizada na extremidade do trato próximo ao fêmur. Como Ocorre A Síndrome Do Trato Iliotibial?

Essa síndrome é bem comum em corredores e ciclistas e justamente por isso é também chamada de "joelho de corredor".

Essa inflamação no trato é consequência da flexo-extensão excessiva do joelho ligada a alguns fatores que aumentam a tensão ou atrito nesta região.

A fricção do trato iliotibial ocorre predominantemente no contato do pé com o solo na fase de desaceleração da marcha. Por isso que é comum em corredores, pois sempre em uma corrida há vários momentos de desaceleração da marcha.

Corridas em regiões com muito desnível de terreno também facilitam o aparecimento da dor. Essa dor normalmente pode começar após o atleta ter percorrido uma longa distância (portanto, é mais comum em atletas que estão treinando para provas com grande quilometragem), e pode ir aumentando até que ele não consiga mais correr.

A dor pode desaparecer após o descanso, mas reaparece se a corrida for reiniciada.

Outros fatores que podem piorar a situação são calçados inadequado, sobrecarga de treinamentos e competições, encurtamentos musculares, principalmente de músculos da região lateral da coxa, favorecem o aparecimento dessa lesão.

A falta de fortalecimento muscular adequado da região, bem como a falta de alongamento antes e depois do treino são as principais características que predispõe o surgimento da Síndrome do Trato Iliotibial em corredores de rua, atletas e ciclistas. Fatores Causadores da Síndrome do Trato Iliotibial

Alguns fatores podem contribuir para o surgimento da Síndrome do Trato Ilitibial:

●        Corrida em terrenos acidentados ou em desnível;

●        Excesso de pronação ou supinação da pisada (pisada errada, na qual há maior desgaste nas laterais do tênis ou na parte do meio do tênis e não um desgaste por igual);

●        Tênis inadequado;

●        Excesso de treinamento;

●        Joelhos valgo (posicionamento mais para fora do joelho, mais comum em mulheres);

●        Falta de fortalecimento muscular na região da lateral da coxa;

●        Falta de alongamento adequando antes e após o treinamento. Sintomas da Síndrome do Trato Iliotibial

Geralmente o paciente que apresenta essa síndrome irá relatar que está com dor na região lateral do joelho.

Essa dor pode ter começado a algum tempo, ter parado e ter voltado à medida que os treinamentos voltaram.

A dor também pode atingir a lateral do quadril e até a lateral da coxa, mas sua principal característica é a dor na região lateral do joelho, que chega a impossibilitar caminhar. Diagnóstico da Síndrome do Trato Iliotibial

O diagnóstico dessa síndrome é clínico. Geralmente o paciente busca o médico ortopedista com a queixa principal de dor na lateral do joelho, que está impossibilitando a realização de treinos.

O médico irá comprimir o local, evidenciando a dor.

Além disso, alguns movimentos serão realizados pelo médico ortopedista para verificação de ligamentos e menisco e eliminar outras possibilidades de lesão.

No caso da Síndrome do Trato Iliotibial, há Dor ao movimento de flexo-extensão do joelho sem apoio ou com apoio de um pé só. Tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial

O tratamento clínico abrange o controle da dor através do uso de analgésicos, anti-inflamatórios ou até infiltrações com corticosteroides.

Geralmente também se indica a aplicação constante de gelo.

O repouso relativo até que ocorra uma melhora dos sintomas é importante para que o tratamento seja eficiente.

A fisioterapia abordará métodos de controle da dor (com exercícios de alongamento e fortalecimento da região, bem como TENS, ondas curtas e infravermelho, quando necessário).

Após a melhora da dor, deve-se lembrar de corrigir movimentos da corrida, atenção aos fatores predisponentes e tentar corrigi-los.

A cirurgia raramente está indicada, pois o tratamento clínico conservador costuma dar excelentes resultados.

O INSTITUTO TRATA possui os melhores profissionais e equipamentos para o tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial e melhora da postura de corrida, para que novas lesões não ocorram. Prevenção

A melhor forma de não sofrer com a Síndrome do Trato Iliotibial é a prevenção.

Alongamentos corretos antes dos treinos, bem como após o treino são a primeira ação.

Além disso, corrigir a mecânica da corrida é importante, pois a longo prazo isso pode fazer diferença no ressurgimento de novas lesões.

Os treinos de corrida devem sempre andar junto com treinos de fortalecimento muscular. Infelizmente, muitos corredores só seguem seus treinamentos de corrida em planilhas adequadamente, negligenciando os treinamentos musculares específicos.

Com isso, aumentam muito as chances de lesões.

A troca de tênis também é importante, pois os pares de tênis não devem ser usados por mais de 500 km de rodagem. Liberação Miofascial E Alongamento

A liberação miofascial do trato iliotibial é de grande auxílio durante o tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial, como também após o término do tratamento, para prevenir futuras lesões.

Utilizando um rolo de espuma apropriado, deita-se lateralmente com o rolo de espuma embaixo da coxa, concentrando-se o peso nas mãos e desliza-se lateralmente sobre o rolo, para cima e para baixo na coxa. 

Para a liberação miofascial do quadríceps (coxa), deve-se deitar em decúbito, com apoio nos antebraços e o rolo de espuma posicionado embaixo das coxas, colocando o peso nessa região e rolando para cima e para baixo na coxa.

O alongamento dos membros inferiores, quadríceps, lateral da coxa também é fundamental antes do início das sessões de fisioterapia.

O INSTITUTO TRATA está à disposição para o tratamento de pacientes com Síndrome do Trato Iliotibial, contando com a mais moderna estrutura e profissionais gabaritados para o melhor tratamento possível.

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