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Luciano Cartafina: o método mais indicado para o rastreamento do câncer de próstata é o PSA, aliado ao exame de toque
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou em 68.220 o número de novos casos de câncer de próstata no Brasil para cada ano do biênio 2018/2019. Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens brasileiros, perdendo apenas para o de pele, cuja estimativa foi de 85.170 novos casos.
A próstata é uma glândula exócrina que tem a função de produzir sêmen, líquido que contém os espermatozoides e é liberado durante a ejaculação. Hoje, segundo o urologista, Luciano Cartafina, em entrevista à Rádio JM 95,5 FM, o método mais indicado para o rastreamento do câncer de próstata é o exame de sangue simples, o PSA (Antígeno Prostático Específico), complementado com o exame de toque.
“O câncer de próstata é indolente, cresce lentamente, por isso o exame preventivo é tão importante. A cada 41 homens pelo menos um vai morrer de câncer de próstata. O exame de toque, assim como o de sangue, é bastante simples e tem duração de quatro segundos”, explica o urologista.
Os principais fatores de risco para a doença são histórico familiar e comportamento como excesso de fumo e bebidas. É recomendado que os homens a partir dos 50 anos de idade consultem um urologista e façam o PSA a cada dois anos. Pacientes com histórico familiar, principalmente com pai ou irmão, devem iniciar o rastreamento aos 45. “Pessoas com histórico familiar de câncer de próstata têm oito vezes mais chances de ter a patologia em relação a quem não tem”, aponta o médico.
Em sua fase inicial, o câncer de próstata não costuma causar qualquer sintoma. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. “98% dos casos de câncer de próstata são curáveis com radioterapia ou cirurgia. Assim, explicamos para o paciente as especificidades de cada método, mas antes de tudo é preciso que ele tenha atenção com sua saúde”, conclui.