SAÚDE

Longevidade? Cientistas do Japão descobrem quais células garantem uma vida longa

Foi descoberto que pessoas com mais de 110 anos tinham uma quantidade maior de células imunológicas T

Publicado em 18/11/2019 às 17:46Atualizado em 18/12/2022 às 02:03
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Um estudo realizado no Japão, indica que os supercentenários – pessoas com mais de 110 anos – podem "esconder" a chave de como chegar a uma idade tão avançada.

Analisando o DNA dos supercentenários, os cientistas descobriram que existia um excesso de células imunológicas chamadas T CD4 citotóxicas, que possuem a capacidade de destruir outras células liberando substâncias nocivas, no organismo dessas pessoas.

A pesquisa foi feita por pesquisadores do RIKEN Center for Integrative Medical Science (IMS) e da Keio University School of Medicine. Os pesquisadores analisaram aproximadamente 41 mil células imunes de sete supercentenários japoneses. Eles também avaliaram 20 mil células de cinco pessoas que tinham idade entre 50 e 80 anos. Em 2015, havia cerca de 61 mil pessoas com mais de 100 anos no Japão, mas supercentenários eram apenas 146.

Estudos já descobriram que esses indivíduos são relativamente imunes a doenças como infecções e câncer durante toda a vida, o que indica que eles poderiam ter um sistema imunológico particularmente forte.

Os resultados revelam que, embora o número de células B (um tipo de linfócito que constitui o sistema imunológico) fosse menor nos supercentenários, o número de células T (também do sistema imunológico) era aproximadamente o mesmo. Porém, os supercentenários apresentaram um número maior de células T do subconjunto CD4.

Normalmente, as células T com marcadores conhecidos como CD8 são citotóxicas (têm a capacidade de destruir outras células) e as CD4 não. Primeiramente, os cientistas pensaram que talvez as células CD8-positivas tivessem aumentado. Mas na verdade, parece que as células CD4-positivas dos supercentenários se tornaram citotóxicas. Ou sejam, adquiriram a capacidade de destruir outras células.

Os pesquisadores ainda examinaram o sangue de pessoas jovens e identificaram que havia relativamente poucas células citotóxicas CD4-positivas, sugerindo que esse não é um indício de juventude, mas sim uma característica especial dos supercentenários.

Para examinar como essas células especiais foram produzidas, os especialistas examinaram as células sanguíneas de dois supercentenários. Eles descobriram que as células surgiram de um processo de expansão clonal, o que significa que muitas células eram descendentes de uma única célula ancestral.

*Com informações da Revista Galileu

 

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