O componente químico que dá a ardência da pimenta – a capsaicina – pode ser o mais novo aliado ao combate à obesidade. Estudo desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que a substância acelera o metabolismo e inibe o ganho de peso.
Apesar dos testes terem sido realizados em camundongos, a expectativa é a de que os efeitos também sejam comprovados em seres humanos, destaca a pesquisadora Núbia Melo, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia da universidade. Nos próximos quatro anos, a ação da capsaicina deverá ser testada em células humanas.
Iniciados em 2017, os estudos foram concluídos recentemente. “Induzimos o ganho de gordura em 14 ratos para, então, acompanhar os efeitos da capsaicina”. Ela explica que, por ter ação termogênica, o produto aumentou o gasto de energia, mesmo com o corpo dos roedores em repouso.
Em todo o país, conforme o Ministério da Saúde, duas a cada dez pessoas têm a doença metabólica. Em Minas Gerais 17% da população vive convive com a obesidade.
De acordo com Núbia Melo, o estudo demonstra, ainda, que o componente pode ser benéfico para diabéticos tipo 2 e para quem tem altos níveis de colesterol e triglicérides. “Melhora os índices glicêmicos e o perfil lipídico do organismo”, frisou.
Moderação
A nutricionista Lara Natacci alerta que excesso no consumo de capsaicina é prejudicial. Por elevar o metabolismo, pessoas hipertensas, com dificuldade para dormir e ansiosas correm o risco de terem os problemas agravados. A especialista ressalta que a capsaicina pode ajudar na redução de peso, desde que combinada com dieta balanceada e prática de atividades físicas.
*Com informações do Hoje em Dia