SAÚDE

Mais de 24 milhões de jovens, entre 13 e 15 anos, no mundo são fumantes

O tabagismo é considerado pela OMS a principal causa de morte evitável em todo o mundo

Publicado em 17/08/2019 às 09:13Atualizado em 17/12/2022 às 23:31
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Divulgação

Adolescentes menores de 18 anos têm acesso ao cigarro, mesmo que sua venda seja proibida para esse público

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. O órgão ainda alerta para o fato de que 24 milhões de jovens entre 13 e 15 anos aderem ao uso do cigarro. Ademais, cerca de 4% da população mundial nesta faixa etária (aproximadamente 13 milhões) usa outros produtos de tabaco, como o cigarro eletrônico e o narguilé.

A pneumologista Karoline Bento ressalta que os principais impactos na vida do indivíduo vão desde a dependência física até a emocional, assim como o volume de patologias que estão associadas ao cigarro. “Os principais efeitos do tabagismo levam a uma série de doenças, por conta das substâncias que nele se encontram. A principal delas é a nicotina entre outras que são tóxicas e cancerígenas e estão presentes em todos os tipos de cigarro, sejam eles convencionais ou eletrônicos”, esclarece.

A médica também ressalta que, apesar das campanhas que desencorajam as pessoas a se tornarem fumantes, a falsa sensação de alívio das emoções faz com que muitos indivíduos tenham dificuldade em abandonar o fumo e, no caso dos jovens, novos dispositivos surgem para valorizar o cigarro. “Antes, era uma questão cultural sobre o fumo e as referências dentro de casa. Hoje existem novas formas de fumar, com o cigarro eletrônico ou com vape, cigarro com composto líquido, muito procurado por adolescentes ou adultos jovens, valorizando-se as sensações que ele pode causar e ignorando-se os males que são causados”, conta.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), a maioria dos adolescentes menores de 18 anos tem acesso ao cigarro, mesmo que sua venda para menores de idade seja proibida pela legislação brasileira. O estudo concluiu que os jovens conseguem comprar o produto com facilidade tanto no comércio varejista formal quanto no informal.

A médica acredita que a falha na fiscalização contribui para o modismo. “São poucos lugares que levam a sério a legislação ou têm o cuidado de verificar a maioridade do consumidor”, adverte.

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