SAÚDE

Doenças respiratórias mataram 2,6 vezes mais do que a dengue

Segundo Boletim Epidemiológico, já foram registradas 306 mortes por síndrome respiratória aguda grave

Publicado em 06/08/2019 às 17:44Atualizado em 17/12/2022 às 23:12
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A queda da temperatura fez com que os casos de dengue diminuíssem, porém trouxe as doenças respiratórias. Só este ano já morreram 117 pessoas no estado com dengue, a estimativa de que as doenças respiratórias tenham matado 2,6 vezes mais pacientes.

Nesta segunda-feira (5), Secretaria de Estado da Saúde divulgou o boletim epistemológico que mostra que desde janeiro, 2.712 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) foram computados. Destes, 306 casos os infectados morreram – cerca de 160% mais casos fatais que a epidemia provocada pela picada do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Saúde estadual, há um aumento de demanda nas unidades de saúde em relação aos pacientes com Influenza. O percentual de atendimentos desses doentes subiu de 6,8% do total na primeira semana do ano para 19,5% na 30ª semana.

Do total de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados de janeiro até segunda, foram confirmados 251 diagnósticos causados por vírus Influenza e 306 por outros vírus respiratórios. Do total associado ao Influenza, predominaram as infecções pelo subtipo H1N1 – 201 registros desde janeiro.O H3N2 vem na sequência, com 18, seguido de diagnósticos de tipo A não subtipável, com 15 registros.

Apesar de o quadro ser grave, é a primeira vez que a pesquisa de casos provocados pelo vírus sincicial é computada, sendo possível conhecer a proporção de diagnósticos em que ele se associa à hospitalização por SRAG em Minas.

Em Uberaba

Ainda segundo o boletim, em Uberaba foram registrados 69 casos confirmados e 13 mortes. Também foram registrados 8 casos de SRAG por outros vírus respiratórios, 42 casos e 9 mortes de SRAG não especificada. Há ainda 13 casos e uma morte e 55 casos e 10 mortes de SRAG não especificada sem coleta de amostra.

Como se prevenir

O coordenador do Serviço de Infectologia do Hospital Lifecenter, Carlos Starling, explica que “o tempo seco resseca as mucosas do nariz e da faringe, e com isso há maior facilidade de infecção por vírus e bactérias”.

O infectologista ressalta que a vacinação é a principal maneira de se prevenir e atenuar os sintomas provocados pelos vírus, e que a imunização é importante para todas as idades.

Contra alguns vírus, como o Sincicial Respiratório, não há vacinas disponíveis. Por isso, é importante que outros cuidados sejam adotados pela população.

“Procurar evitar lugares fechados e se hidratar muito bem, pois no inverno as pessoas tomam menos água. Devem também se alimentar de forma correta, evitar o fumo, pois fumantes têm mais risco de complicações, e lavar as mãos. Quando a pessoa estiver gripada, é importante usar uma máscara quando for a um lugar com mais aglomeração, além de praticar a etiqueta para tossir e espirrar”, enumera Starling, referindo-se à prática de cobrir a boca com um lenço ou protegê-la com o braço flexionado em episódios de tosse ou espirro.

*Com informações do Estado de Minas 

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