SAÚDE

Reconstrução mamaria auxilia na recuperação de paciente

A reconstrução mamária após a cirurgia de remoção, ou a mastectomia, tem impacto positivo no tratamento da paciente

Michelle Rosa
Publicado em 15/06/2019 às 10:41Atualizado em 17/12/2022 às 21:41
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Divulgação Mastologista Leandro De Vito defendem a reconstrução mamária após a cirurgia de remoção

Dúvidas, incertezas e medo, são alguns dos sentimentos de quem é diagnosticado com um câncer de mama. Além de ser uma doença grave, ela gera mudanças no corpo, por conta da agressividade do tratamento que provoca mudanças que alteram a aparência da mulher. Queda de cabelo e pelos, enfraquecimento das unhas, ganho ou perda de peso, problemas na pele, ressecamento da boca, e até a retirada da mama.

Por isso, especialistas na área como o mastologista Leandro De Vito defendem a reconstrução mamária após a cirurgia de remoção, ou a mastectomia, como um ganho na recuperação do câncer de mama, impactando positivamente no tratamento físico e emocional da paciente.

“Na reconstrução mamaria inicialmente estamos oferecendo a mulher uma reparação dos danos causados em função tratamento exigidos para erradicar a doença, e as mamas não tem um único significado, podem representar a feminidade, a nítida distinção física entre homens e mulheres, a maternidade, a sensualidade, a afetividade conjugal, o reconhecimento da sua imagem corporal e, sobretudo a autoestima e a socialização. Por isso acredito que quando reconstruímos a mama estamos devolvendo tudo isso de uma forma individual a cada uma delas”, explica o mastologista.

O médico ainda destaca a as técnicas usadas para a reconstrução que podem ser imediatas ou tardias e que podem ser ainda feitas com tecido da própria paciente, como nos casos que parte do abdome que é levado para substituir a mama, e com o uso de implantes de silicone, desde que passem antes por uma criteriosa avaliação para cada caso.

“Sempre me pergunto se algum dia cirurgias radicais não serão mais necessárias, acredito que sim, chegará esse dia, mas a nossa realidade hoje é outra, tumores agressivos sendo diagnosticados tardiamente levando a cirurgias radicais, temos empregados mais frequentemente técnicas cirúrgicas chamadas de oncoplastia, onde o mastologista associa técnica de plástica mamaria ao tratamento convencional proporcionando um resultado seguro do ponto de vista oncológico e estético”, aponta.

Crioterapia apresenta bons resultados em tratamentos

O método conhecido como crioterapia tem demonstrado resultados animadores nos estudos apresentados, até o momento, no tratamento do câncer de mama, mesmo ainda não sendo utilizado com certa rotina.

“Acredito que poderá ser uma boa alternativa para o tratamento não cirúrgico de tumores iniciais localizados e de bom prognóstico, quando diagnosticados precocemente. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que, através de uma sonda, o tumor é submetido ao frio extremo de forma rápida causando destruição tecidual e da sua vascularização”, explica o mastologista Leandro De Vito.

Questionado sobre a prevenção, o mastologista assinala que cada vez mais cedo as mulheres têm procurado o tratamento, mas que ainda assim muitas delas são descuidadas com a própria saúde.

“Precisamos quebrar paradigmas, acabar com o preconceito e com o estigma que o câncer causa. Procuro enfatizar que o câncer pode, sim, ser evitado ou no mínimo diagnosticado precocemente dispensando tratamentos agressivos e cirurgias mutilantes, e a melhor forma é incentivar as mulheres a buscarem um especialista. É fato que a rotina familiar, o estresse, a acirrada competição no mercado de trabalho têm feito com as mulheres negligenciem certos sintomas, ainda que tardios, mas importantes para o diagnóstico. Precisamos nos antecipar a esta fase sintomática da doença realizando consultas preventivas com o especialista e realizando exames periodicamente”, finaliza. 

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