Acúmulo de poeira gera alerta sobre alergias respiratórias

O inverno brasileiro é conhecido pelo seu clima quente e seco em grande parte do território. Além disso, essas características vêm sendo acentuadas devido aos acontecimentos envolvendo o aquecimento global e efeito estufa. Esse período acende um alerta na população sobre as doenças respiratórias e alergias relacionadas, sendo causadas, inclusive, pelo contato com a poeira, o que pode gerar desde coceiras e irritações até quadros graves que levam o paciente à internação.

Em momentos de isolamento social, as pessoas acabam passando mais tempo em casa, fazendo com que os cuidados com a limpeza doméstica recebam atenção especial. Pensando nisso, a médica especializada em alergia e imunologia, Dra. Juliana Lima Ribeiro, que atua na RN Saúde, integrante do Sistema Hapvida, destaca que “é importante não usar a vassoura ou espanador. Deve-se usar pano úmido e evitar produtos com cheiro para limpar a casa. Estamos em tempo de coronavírus, mas a água sanitária não é bemvinda para quem tem sintomas de alergia, já que ela provoca uma irritação na mucosa”.

A poeira pode ser dividida em diversas categorias, variando de acordo com o tipo de partícula e origem. Sua inalação está associada a diversos problemas além dos respiratórios, como, por exemplo, a leptospirose, que pode ser causada pelo contato com pelos e dejetos de ratos contaminados. A propagação dessas partículas também deve ser contida para evitar a proliferação de microrganismos como bactérias, fungos e ácaros.

Para a prevenção caseira, a especialista orienta “beber bastante líquido, evitar o ar-condicionado e usar bastante o soro fisiológico. O soro pode ser caseiro ou comprado, sendo usado na forma de seringa, conta-gotas ou sprays nas narinas. Os sintomas [e possíveis contaminações] também podem se reduzir com os cuidados na higiene da casa, evitando os alérgenos em si”.

Assim como em outros casos, crianças e idosos merecem uma atenção especial com esse problema. Isso acontece porque, de acordo com a especialista, “os idosos têm uma dificuldade na barreira protetora inicial, a mucosa já é mais seca pelo próprio envelhecimento e o clima [que favorece o acúmulo de poeira] piora essa situação, então o cuidado é redobrado. Crianças têm mais facilidade de receber irritantes e vírus, elas adoecem muito com os resfriados até irem adquirindo imunidade”. Por esse motivo, é importante dar atenção aos grupos definidos como “de risco” e, como dito anteriormente, investir na hidratação e limpeza adequada.

Mas o cuidado deve ser com todos. Ribeiro orienta sobre a importância da consulta médica, definindo que, “para a prevenção, sempre orientamos estas medidas todo o ano. Para os que os sintomas são sazonais (apenas nesta época), prevenir é sempre a melhor escolha. Para aqueles que estão em tratamento de alergias, se os sintomas piorarem, mesmo seguindo as orientações e o tratamento, procure seu médico e faça sua consulta pois você pode estar com quadro respiratório de resfriado, asma, gripe, alergia ou rinite não-alérgica”.

Sobre o Sistema Hapvida

Com cerca de 6,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, América, Promed e Ame, RN Saúde, além da operadora Hapvida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 39 hospitais, 194 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 177 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.