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Inúmeros benefícios do aleitamento superam os riscos de contaminação, de acordo com a obstetra Priscila Morelli
Como ficam os “bebês da pandemia”? Antes de cogitarmos sobre o mundo onde viverão essas crianças e adultos no futuro, é preciso, primeiro, seguir à risca as recomendações para os primeiros meses de vida desses bebês.
Segundo a ginecologista e obstetra Priscila Morelli, o aleitamento materno não deve ser interrompido nem se a mãe estiver com suspeita ou até mesmo confirmação de Covid-19. “O Ministério da Saúde recomenda que a prática continue sendo realizada mesmo em casos de infecção materna, desde que ela queira amamentar e tenha condições clínicas para isso”, explica. Ela acrescenta que a medida é aconselhada ante os inúmeros benefícios do aleitamento materno, que superam os riscos mesmo se a mãe for infectada.
Mas, para isso é preciso seguir rigorosamente as recomendações de saúde. Priscila Morelli explica que a mãe deve lavar as mãos por pelo menos 20 segundos antes de tocar no bebê ou de retirar o leite; usar máscara facial cobrindo o nariz e a boca – mesmo de máscara, é importante evitar falar ou tossir durante o aleitamento. A máscara deve ser retirada imediatamente após tosse ou espirro da mãe e sempre trocada a cada mamada.
Mães que optam pela bomba extratora devem redobrar os cuidados de higienização. “A mãe também deve considerar a possibilidade de solicitar ajuda de uma pessoa saudável para dar o leite materno ao bebê, que pode ser oferecido em um copinho, ou xícara ou até mesmo em uma colher”, orienta.
As mães que não estão com suspeita nem confirmação de Covid-19 devem adotar somente a higienização habitual. “Mas, reforço o cuidado com a higienização das mãos. E, claro, se possível, fique em casa”, aconselha.