Eliminar o ar condicionado pode reduzir contágio pelo coronavírus

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Abrir as janelas deve ser uma atitude diária e serve para prevenção de contágio para todas as doenças do trato respiratório

O coronavírus pode se espalhar com mais facilidade em ambientes fechados e com muitas pessoas. A prevenção passa pela boa ventilação dos cômodos e, de acordo com Tatiane Marques, professora e infectologista da Facthus, abrir as janelas já ajuda bastante na circulação do ar e pode diminuir as chances de infecção. “Ar condicionado e ambientes fechados associados a temperaturas mais amenas deixam o ambiente mais propício à transmissão de doenças respiratórias”, diz a infectologista.

De acordo com ela, abrir as janelas deve ser uma atitude diária e serve para prevenção de contágio para todas as doenças do trato respiratório, não só o coronavírus. Ela lembra que em ambientes com ar-condicionado a limpeza de filtros é essencial. “É sabido que os filtros de ar-condicionado podem albergar bactérias e fungos que causam infecção do trato respiratório. Por isso, devemos considerar, também, a presença de partículas alérgenas que contribuem para o aparecimento da rinite”, complementa. “Se for obrigatório o uso do ar condicionado, o ideal é que as pessoas deixem o ambiente a cada três horas para respirar ar fresco”.

A infectologista recomenda a substituição do ar-condicionado por ventiladores e janelas abertas. “Em ambientes de atendimento ao público ou em setores com aglomerações de pessoas, esta é a melhor opção. Porém, é preciso ressaltar que as hélices do ventilador precisam estar limpas, pois também podem contribuir para a disseminação de partículas alérgenas”, conclui Tatiane.

Tatiane Marques é professora na Faculdade de Talentos Humanos (Facthus), Mestre e Doutora em Medicina Tropical e Infectologia, Áreas de Concentração Parasitologia e Imunologia Aplicadas. Tem experiência nas áreas de Parasitologia, Imunologia, Biologia Molecular, Entomologia dos Vetores e Microbiologia, atuando principalmente nos temas relacionados a doenças infecciosas, modos de prevenção, contágio e educação da população.