Cerca de 50 cidades estiveram representadas ontem na reunião de gestores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que decidiram criar agência de desenvolvimento
Sandro Neves
Prefeitos da região se reuniram ontem na sede da VLi para discutir a criação de uma agência de desenvolvimento regional
Com aproximadamente 50 cidades representadas ontem em reunião, gestores da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba aprovaram a criação da Agência Regional de Desenvolvimento Econômico. Não houve votos contrários à continuidade dos estudos para a montagem da agência.
O evento, entretanto, não contou com a presença de 100% das cidades. O grupo é formado por gestores de 70 municípios no total. Uma das ausências verificadas foi a do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), que não compareceu à reunião e nem enviou representante. Apesar disso, o prefeito Paulo Piau (PMDB) posiciona que a taxa de representação foi positiva e os prefeitos presentes manifestaram o apoio total à criação da agência.
Questionado sobre a ausência de representantes de Uberlândia, Piau argumentou que a situação não enfraquecerá a proposta. “Ele [Odelmo] deve ter seus motivos para não estar presente. A gente respeita. Vamos tocar o projeto. Uberlândia é um pequeno pedaço em relação ao Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, assim como Uberaba. O que vale mesmo é a vontade da região. São 70 prefeitos. Uberlândia é apenas um. Uberaba também”, acrescenta.
Segundo o projeto apresentado por consultoria técnica contratada pelo Sebrae, a agência deverá ser criada no formato de consórcio público e terá um fundo próprio para a sustentabilidade do órgão. Uma das propostas citadas no encontro seria a destinação de percentual de contratos futuros das prefeituras para o fundo. No entanto, é necessária a autorização do Poder Legislativo para viabilizar a cobrança nas licitações.
Para o consultor Ivan Duque de Paiva Filho, a agência é uma estratégia de governança para organizar o processo de crescimento já observado na região. Ela afirma que o órgão é estruturado de forma autossustentável para tomar decisões com base técnica e não por interferência política. Além disso, ele reforçou durante a apresentação que o modelo assegura autonomia para os municípios, e todos os gestores, independentemente do tamanho da cidade, terão espaço igual na tomada de decisões.