POLÍTICA

Em depoimento, menor ratifica denúncia em que acusa secretário

MP decretou segredo de Justiça sobre o caso em que Antônio Sebastião é acusado de oferecer cargo em troca de favores sexuais

Gisele Barcelos
Publicado em 02/09/2017 às 09:21Atualizado em 16/12/2022 às 10:48
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Foto/Jairo Chagas

Promotor João Vicente Davina ouviu ontem a menor que protocolou denúncia contra o secretário municipal

Ministério Público ouviu ontem a jovem que protocolou denúncia contra o secretário municipal de Governo, Antônio Sebastião de Oliveira. Durante a audiência, que se prolongou por cerca de quatro horas, o promotor João Vicente Davina decretou segredo de Justiça sobre o caso. A moça se apresentou à Promotoria acompanhada do advogado Adriano Faria Santos Anjo. Um representante do Conselho Tutelar também participou da audiência, por solicitação do promotor.

O advogado conversou com a reportagem do Jornal da Manhã após a audiência, mas reforçou que informações sobre o conteúdo da reunião não poderiam ser repassadas devido ao segredo de Justiça sobre o caso. O representante apenas declarou que a cliente confirmou a denúncia protocolada esta semana à Promotoria. “Agora o Ministério Público vai averiguar a veracidade ou não do que já foi noticiado. Ela ratificou a informação”, disse.

A reportagem tentou contato com o promotor João Vicente Davina para saber os motivos que levaram ao decreto de segredo de Justiça, mas ele não foi localizado para comentar a medida. Ontem, o sigilo havia sido solicitado pelo advogado Jacob Estevam, responsável pela defesa do secretário Antônio Sebastião de Oliveira.

Oliveira é acusado de oferecer cargo na Prefeitura a menor de idade, em troca de favores sexuais. A jovem formalizou denúncia ao Ministério Público, apresentando até mesmo o conteúdo de mensagens enviadas por celular com indícios de irregularidades em processos licitatórios. A representação aponta até que o secretário teria direcionado o resultado da próxima licitação da coleta de lixo.

A defesa classificou a denúncia como “armação de cunho político” e declarou que o secretário não conhece a denunciante nem teve algum tipo de contato com a moça. O advogado de defesa afirmou que vai pedir perícia no aparelho da denunciante e adiantou que o cliente colocou o sigilo telefônico à disposição da Justiça para provar que as acusações são infundadas.

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