POLÍTICA

Maggi diz que legislação ambiental no Brasil tem exigências fortes e duras

Em Uberaba ontem, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fez defesa do produtor rural durante a Conferência dos Países de Língua Portuguesa

Gisele Barcelos
Publicado em 14/02/2017 às 07:52Atualizado em 16/12/2022 às 15:10
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Foto/Neto Talmeli

Declaração se deu durante a abertura da Conferência dos Países de Língua Portuguesa, que acontece em Uberaba até amanhã

Em Uberaba ontem, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), fez defesa do produtor rural durante a Conferência dos Países de Língua Portuguesa. O evento reuniu autoridades internacionais para discutir a transferência de tecnologia para desenvolver a agricultura em países africanos.

No discurso de abertura, o ministro citou a legislação ambiental brasileira e classificou as exigências como “fortes” e “duras”, mas afirmou que os produtores brasileiros estão empenhados em cumprir as obrigações previstas em lei.

Maggi ressaltou que as propriedades rurais particulares precisam ter área reservada para a conservação ambiental. Segundo ele, em algumas regiões a lei determina a reserva de 50% das terras para preservação e o produtor ainda é responsável pelos custos de manutenção. “Temos uma legislação forte e dura, que cobra bastante [do produtor]. Não há como aceitar argumento que o Brasil não cumpre com seus compromissos sociais e ambientais”, argumentou.

Além disso, o representante do governo federal enfatizou a história do Brasil no agronegócio. Ele citou que o país dependia da importação de alimentos há 50 anos, mas a situação foi revertida com os investimentos em tecnologia e pesquisa. “Fizemos uma revolução. Hoje a estimativa é que a safra 2017 chegue a quase 220 bilhões de toneladas”, salientou.

O ministro também se manifestou em favor dos produtores de leite da região. Em entrevista coletiva à imprensa, ele foi questionado sobre medidas para conter a alta no preço do produto durante o período da seca. Maggi afirmou que a oscilação de preços dos produtos agrícolas é natural, já que as condições climáticas interferem nos custos e no volume da produção.

Ainda na cidade, o ministro se reuniu com os representantes do setor leiteiro, ouviu demandas dos produtores e se comprometeu a estudar alternativas para otimizar a lucratividade. Uma das propostas seria aumentar a produtividade e atuar no mercado externo para compensar as perdas registradas no âmbito nacional.

Convite. O ministro também adiantou que deverá estar presente este ano na abertura da ExpoZebu, em maio. A agenda será confirmada após a formalização do convite. 

Possível candidatura à Presidência da República em 2018 é descartada. Mesmo com rumores sobre a indicação para a disputa à Presidência da República em 2018, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, nega pretensão à candidatura. Filiado ao PP, Maggi afirma que existem apenas especulações por parte de algumas lideranças do próprio partido e descarta interesse em apresentar o nome para a corrida presidencial no ano que vem. “Não há esse projeto, não há essa determinação”, alega.

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