POLÍTICA

Deputados temem que certificação possa prejudicar produtores de queijo artesanal

Gisele Barcelos
Publicado em 29/06/2022 às 21:32Atualizado em 18/12/2022 às 21:53
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Secretário estadual de Agricultura, Thales Almeida Fernandes, foi sabatinado ontem na Comissão de Agropecuária da Assembleia, cujo presidente é o deputado Heli Grilo (Foto/Clarissa Barçante)

Regras para produtos de origem animal geraram questionamentos e marcaram sabatina ao secretário estadual de Agricultura, Thales Almeida Fernandes, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nessa quarta-feira. Uma das preocupações são os impactos da lei federal que exige que as propriedades onde são produzidos queijos artesanais sejam certificadas como livres de tuberculose e brucelose.

Conduzindo a reunião, o presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria, deputado Heli Andrade (União), argumentou que a falta de certificação deverá impedir a comercialização do produto a partir de julho deste ano, mas nenhum produtor mineiro possui ainda o documento correspondente.

Por isso, o parlamentar aproveitou para cobrar uma posição do secretário. “Essa é a casa do produtor, o local dele reclamar e reivindicar. Eu, como presidente dessa Comissão e defensor do setor produtivo, estou lutando para dar segurança ao homem do campo e sustentação para que ele possa continuar produzindo. Errados são aqueles que não veem que o setor produtivo é que carrega este país e que, se não fosse ele, o Brasil já tinha quebrado”, destacou o deputado.

De acordo com o titular da pasta em Minas Gerais, a orientação no Estado tem sido de que exames de tuberculose e brucelose – feitos duas vezes ao ano nas fêmeas reprodutoras – podem substituir a certificação e garantir o registro e a comercialização dos produtos. Ainda segundo o convidado, um regulamento específico nesse sentido já estaria em discussão.

Os avanços na regularização da produção de queijo artesanal em Minas Gerais, bem como o incentivo ao setor, também foram citados pelo secretário de Agricultura na reunião. Ele lembrou que três novas microrregiões de produção foram reconhecidas ao longo do atual govern Serra da Piedade, Ibitipoca e Diamantina. Além disso, o titular da pasta apontou que outro produto artesanal mineiro que está recebendo nova regulamentação é a cachaça. 

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