POLÍTICA

Zema diz que priorizará gasoduto com recurso do acidente de Mariana

Gisele Barcelos
Publicado em 18/05/2022 às 21:06Atualizado em 18/12/2022 às 22:29
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Com avanço das negociações do acordo com a Samarco, o governador Romeu Zema (Novo) afirma que Estado vai priorizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro entre as obras que podem ser custeadas com os recursos para compensação pelo rompimento de barragem em Mariana.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Zema informou que o acordo de compensação foi discutido novamente em Brasília há duas semanas com representantes da União e do governo estadual do Espírito Santo. Segundo ele, as tratativas estão caminhando bem e os governos dos dois Estados envolvidos estão alinhados em relação aos termos.

Com isso, o governador declarou que há chances reais de o acordo consolidado viabilizar a implantação do duto para atender os municípios do Triângulo. “A tragédia, em termos de volume material, foi superior a Brumadinho. Então, é bem provável que seja um recurso considerável [de compensação]. Queremos, sim, priorizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro. Isso vai abrir uma nova fronteira de desenvolvimento não só para Uberaba como para diversas outras cidades que passarão a ser atendidas pelo mesmo. É algo fundamental para nós, porque queremos criar infraestrutura para que mais indústrias se instalem na região”, disse.

Zema salientou que o montante do acordo com a Samarco ainda está em fase de negociação com a empresa, porém ficou acertado que o valor será 100% destinado a ações de compensação com os dois Estados. Minas Gerais deverá receber 62% dos recursos e o Espírito Santo, 38%. “O percentual foi levantado em estudo técnico da Fundação Getúlio Vargas, que considerou toda a bacia do Rio Doce e os municípios atingidos”, explicou.

A proposta de incluir gasoduto até o Triângulo Mineiro entre obras do acordo com a mineradora foi revelada pelo presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, que defendeu que havia mais chances de consolidar o projeto com os recursos da compensação pelo rompimento da barragem do que depender de um projeto como a fábrica de amônia.

O modelo foi utilizado no acordo referente ao acidente em Brumadinho, que prevê uma série de investimentos em infraestrutura e assegurou recursos para implantar um gasoduto na região Centro-Oeste de Minas. 

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