Prefeita Elisa manteve tratativas com o governador Romeu Zema para a nova suspensão da venda da área (Foto/Reprodução)
Estado desiste novamente de leilão para venda do terreno da extinta fábrica de amônia em Uberaba. O fato ocorre um dia depois de a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) se reunir com o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), para tentar destravar o gasoduto.
A área da antiga fábrica de amônia era o único item do edital de leilão publicado pelo Estado no dia 18 de novembro. Os interessados teriam prazo até 25 de janeiro para apresentarem lances, porém, o aviso oficial de cancelamento da concorrência foi publicado ontem no site da empresa responsável pelo processo.
Esta foi a segunda tentativa do Estado de leiloar a área da planta de amônia. Em junho, o terreno foi incluído em uma lista com outros 28 imóveis à venda. Na época, o governo municipal reivindicou ao governo mineiro e, depois de um mês, o edital foi revisado e a área no DI-3 foi excluída da relação de itens a serem leiloados.
Se a venda da área fosse efetivada, poderia sepultar por completo a possibilidade de retomar a implantação da fábrica de amônia em Uberaba, com a entrada de um investidor privado.
A proposta chegou a ser discutida em reuniões com o Estado e o governo federal, mas vem enfraquecendo desde que a Petrobras realizou leilão em 2018 e vendeu os equipamentos referentes à planta de amônia. Elisa diz que destinação do imóvel será definida em audiências públicas
Após cancelamento do leilão do terreno da fábrica de amônia, a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) afirma que audiências públicas serão realizadas para tratar sobre as alternativas existentes para a destinação da área no Distrito Industrial 3. As datas para as reuniões ainda não foram divulgadas.
De acordo com a chefe do Executivo, a retirada do anúncio para a venda do imóvel foi alinhada com o governo estadual no fim da semana passada para permitir uma discussão mais ampla com a comunidade sobre as opções existentes para o terreno. “Os próximos passos serão audiências públicas para discutirmos sobre o futuro desse imóvel”, posiciona.
Além das audiências públicas, a prefeita afirma que, também, haverá reuniões com vereadores e representantes da sociedade civil organizada para tratar sobre o tema. “Queremos ouvir as possibilidades viáveis para essa área da antiga planta de amônia”, manifesta.
O imóvel da extinta planta de amônia em Uberaba foi recentemente considerado para abrigar uma termoelétrica, devido à localização ao lado de linhas de alta tensão e de um rio – condições tidas como ideais para receber o empreendimento.
A possibilidade de instalação de uma termoelétrica em Uberaba começou a ser ventilada a partir da aprovação da Medida Provisória da privatização da Eletrobras. O texto estabeleceu regiões que serão beneficiadas para a construção de novas térmicas e o Triângulo Mineiro está incluído na lista.
A térmica seria uma nova forma de viabilizar a implantação do gasoduto até a região, já que traria demanda para tornar atrativo o investimento no ramal até o Triângulo Mineiro.