Em visita a Uberaba nesta quarta-feira (20), para oficializar a adesão de Uberaba ao programa Minas Livre para Crescer, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, manifestou que articulações continuam para viabilizar a instalação de um novo empreendimento na área onde seria a fábrica de amônia da Petrobras. A possibilidade de implantar uma termoelétrica no local não é descartada. Passalio ressaltou que a área pertence ao Estado e chegou a ser colocada à venda este ano, mas o governo mineiro recuou do processo para atender solicitação da prefeita Elisa Araújo (Solidariedade). De acordo com o secretário estadual, as tratativas continuam com o governo municipal para encontrar a melhor destinação da área no distrito industrial. "Estamos conversando diariamente com a Prefeitura para conseguir avançar para utilização produtiva e efetiva desse terreno, com uma empresa que tenha interesse de fazer a compra e melhor utilização dele", salienta. Questionado, o secretário estadual não descartou a possibilidade da área em Uberaba abrigar uma termoelétrica, mas ressaltou que ainda não há uma definição sobre o tema. "Vamos esperar o leilão previsto para o ano que vem [para contratação das primeiras usinas térmicas] e torcemos que Minas seja contemplada", pondera. A possibilidade de instalação de uma termoelétrica em Uberaba começou a ser ventilada a partir da aprovação da Medida Provisória da privatização da Eletrobras. O texto estabeleceu regiões que serão beneficiadas para a construção de novas térmicas e o Triângulo Mineiro está incluído na lista. A MP prevê a contratação de 6 GW termoelétricos em determinadas regiões do país por meio dos novos leilões de reserva de capacidade, em fase de regulação. O terreno da extinta planta de amônia em Uberaba vem sendo considerado para o empreendimento porque teria todas as condições de receber uma termoelétrica, situado ao lado de linhas de alta tensão e de um rio.