Comparecimento presencial às aulas pode voltar a ser obrigatório ainda este ano

O comparecimento às aulas presenciais pode voltar a ser obrigatório na rede estadual ainda este ano. A possibilidade está sendo estudada pelo governo mineiro, conforme revelou o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa realizada nessa quinta-feira.

Até o momento, a presença dos estudantes nas salas de aula é facultativa e os pais podem optar por manter os alunos apenas no modelo remoto. Entretanto, após o estado de São Paulo anunciar a retomada obrigatória dos estudantes às aulas presenciais, o secretário estadual posicionou que o mesmo caminho pode ser seguido em Minas Gerais. “Há chance sim (de a presença na escola voltar a ser obrigatória em Minas). É o próximo ponto, estamos discutindo agora o distanciamento”, ponderou.

Na semana passada, o Estado já revisou o protocolo sanitário nas escolas e liberou a ocupação de 100% das salas de aula e dos demais espaços nos colégios, desde que seja assegurada a distância mínima de 90 centímetros entre os estudantes.

De acordo com Baccheretti, os técnicos estão avaliando se o distanciamento pode ser revisto. “Hoje a sala não tem limite de alunos, a limitação se dá pelo distanciamento. A nossa expectativa é que o nosso grupo técnico discuta, com esse novo cenário que vem melhorando semanalmente, e a gente consiga tirar os 90 centímetros, permitindo retorno integral de todo aluno à sala de aula de forma obrigatória”, disse.

Apesar de confirmar os estudos em andamento, o secretário não adiantou quando o Estado deve ter um posicionamento sobre o assunto.

Na coletiva, o titular da pasta apenas ressaltou que também será preciso ter cautela por causa dos alunos imunocomprometidos e com doenças crônicas, que são mais vulneráveis ao vírus. “Existem algumas ponderações. Para esses estudantes, talvez o risco ainda neste momento seja maior ao retorno da aula. Mas a ideia das secretarias de Saúde e Educação é que a gente consiga sim, de forma segura, retornar com todas as atividades presenciais nas escolas de Minas”, concluiu.