Codau emitiu ordem para paralisação de obra da represa no rio Uberaba. O ato foi formalizado na última edição do Porta-Voz e terá validade por tempo indeterminado. Com a medida, o prazo para conclusão da obra fica prorrogado pelo tempo que a suspensão dos serviços perdurar.
Na prática, a medida apenas formaliza a situação do contrato, pois a construção da barragem está parada desde o fim do ano passado. A Nóbrega Pimenta, vencedora da licitação, apontou inconsistências no projeto técnico e interrompeu os serviços, que não foram retomados desde então. Para sanar o problema, Codau já contratou empresa para o gerenciamento da obra e revisão do projeto.
Em entrevista à Rádio JM esta semana, o presidente da companhia, José Waldir de Sousa Filho, o primeiro relatório sobre a situação da estrutura da represa será apresentado esta semana. A partir disso, será possível um posicionamento sobre a retomada do serviço. “No dia 23 agora, será entregue o primeiro relatório do gerenciamento e aí já define as etapas de retorno da obra”, pondera.
Apesar dos entraves na execução da obra, o presidente da Codau declara que o atraso no cronograma não traz risco de o município perder o recurso liberado pelo governo federal para a implantação da barragem. “As medições [do serviço] têm prazo de 180 dias entre elas. Foi feita uma recente dentro desse contrato. Não temos o risco de perder essa verba”, pondera.
O contrato estipulou um prazo de 24 meses para a conclusão da obra. Inicialmente, a perspectiva era a entrega até o fim de 2021. Entretanto, com a interrupção dos serviços para a revisão do projeto, agora a previsão é que o término seja postergado para o fim de 2023 ou início de 2024.