POLÍTICA

Ato contra Bolsonaro é apartidário e foca na pandemia e reforma, diz organização

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 21/07/2021 às 20:43Atualizado em 19/12/2022 às 02:46
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Foto/Jairo Chagas

A exemplo de outros atos que já aconteceram este ano contra o presidente Bolsonaro, neste sábado, outro é organizado em nível nacional e Uberaba está entre as cidades que participarão  

Militantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro preparam manifestação nacional, chamada “Vacina no braço, comida no prato”, para sábado (24). Lista que circula na internet aponta para 192 cidades com protesto e, em Uberaba, o ato deve ser realizado na praça Rui Barbosa, às 10h30, seguida de passeata.

Marcos Mariano, um dos participantes do evento e membro do Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU), falou com a reportagem e destacou que o movimento é apartidário e protesta contra o alto número de mortos durante a pandemia. “É um movimento apartidário, não é uma coisa do PT ou do Lula. Nós protestamos contra as 520 mil mortes pelo coronavírus, que a CPI tem mostrado que tem a responsabilidade do atual Presidente. Nosso ato tem isso como foco principal e será realizado em todas as regiões do Brasil”, pontua.

Apesar das manifestações contrárias ao Governo Federal, Mariano aponta que o ato também tem como intuito pressionar os governos Municipal e Estadual para acelerarem a vacinação da população. “Esperamos levar mais de cinco milhões de pessoas para as ruas em todo o país e pressionar os governos de todas os níveis, para agilizar a vacinação do povo”, destaca.

Os participantes afirmam que a manifestação deve transcorrer respeitando as normas sanitárias, com o uso de máscaras, distanciamento e o uso de álcool em gel. “A passeata que terá pelo Fora Bolsonaro está sendo organizada para respeitar o distanciamento e com os manifestantes em duas filas e bem organizados, com o sentido de trazer a população para essa grande manifestação democrática”, enfatiza.

Reforma Administrativa. Outra frente de questionamentos do ato é a PEC32/2020, que trata da Reforma Administrativa do funcionalismo público. Mariano afirma que a proposta é maléfica para o país, pois não irá promover mudanças que o Brasil precisa e prejudicará o servidor público. “Essa proposta está sendo colocada como uma coisa muito boa, mas na verdade será a destruição dos serviços públicos. Vai acabar com as escolas públicas, com o Sistema Único de Saúde, privatizar tudo e passar por cima dos direitos conquistados pelos trabalhadores”, disparou o sindicalista.

Caso o texto da reforma administrativa seja aprovado como está, ficam de fora promotores, juízes e parlamentares. O texto traz poucas alterações para a carreira militar, mas concede maior flexibilidade para acumulação de cargos, o que tem gerado diversas críticas e questionamentos.

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