Em reunião online ontem com representantes do Ministério Público, equipe do governo municipal apresentou os dados sobre a vacinação contra a Covid-19 em Uberaba até o momento. A agenda foi marcada a pedido da própria Prefeitura, que recebeu anteriormente solicitações de informações da promotoria.
Participando da reunião, a coordenadora regional de Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Triângulo Sul, Cláudia Freddo Marques Carvalho, informou que fez observação sobre a imunização dos profissionais de Saúde. O assunto foi alvo de polêmica na última semana, após divulgação de lista de vacinados que incluía o secretário municipal de Saúde, Sétimo Boscolo.
Na conversa, a promotora citou que encaminhou ao município um ofício do Ministério da Saúde com orientações a respeito das prioridades dentro do grupo de trabalhadores de Saúde, reforçando que o foco no momento são os profissionais que atuam na assistência direta ao paciente. “Alertei para a necessidade de criar mecanismos de controle para vacinar somente os profissionais da ativa, enquanto não houver doses de vacina para todos”, pondera.
De acordo com a controladora adjunta, Júnia Cecília Camargo de Oliveira, o município já havia encaminhado respostas por escrito a demandas encaminhadas pelo Ministério Público, mas a reunião teve objetivo de dar mais transparência ao trabalho. “Tivemos a oportunidade de expor nossos desafios aos membros do Ministério Público, diante de uma campanha tão atípica, e de mostrar os esforços que estamos empreendendo para a eficiência desse processo”, acrescentou.
Na reunião, a controladora adjunta destacou a instauração de sindicância investigativa para averiguar a vacinação antecipada de idosos de 65 a 69 anos. Ela também pontuou a averiguação que apura suposta imunização indevida de servidores municipais, bem como o responsável pela vacinação de forma irregular. Outra investigação citada foi a auditoria instaurada para confrontar a lista dos vacinados com as normativas de Saúde em vigência na época da aplicação da dose.
A integrante do Governo ainda expôs adversidades, como exaustão das equipes de vacinação e necessidade de fracionar um mesmo público-alvo devido à quantidade de doses em pequena escala.